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Presidência da COP30 destaca ativismo climático do papa

Em nota, organização menciona 1ª encíclica papal sobre meio ambiente e diz que pontífice foi defensor da natureza

A presidência brasileira da COP30 lamentou nesta 2ª feira (21.abr.2025) a morte do papa Francisco e exaltou seu legado na área ambiental e na defesa dos povos indígenas. Em nota, a organização afirmou que o pontífice foi um “ativista climático”.

“Papa Francisco foi não só um exemplo de dignidade humana, respeito e acolhimento, mas um ativista climático, defensor da natureza, das florestas e dos povos indígenas e comunidades tradicionais. A Laudato si’, publicada em 2015, e sua defesa de uma ecologia integral inspiraram o consenso que, poucos meses depois, permitiu a adoção do histórico Acordo de Paris”, disse o texto. A Laudato Si’ foi uma carta encíclica, uma mensagem de orientação os líderes da Igreja Católica, publicada por Francisco em 24 de maio de 2015.

A COP30 é presidida pelo embaixador André Corrêa do Lago e tem como diretora-executiva Ana Toni, secretária de Mudança do Clima no Ministério do Meio Ambiente. A nota divulgada não tem assinatura de nenhum dos 2 e é creditada apenas à presidência da COP30.

No texto, a organização disse que não há duas crises separadas, ambiental e social, mas “uma única e complexa crise socioambiental”. Afirmou ainda que o legado de Francisco “inspirará na mobilização de um mutirão global para combater a mudança do clima sem deixar ninguém para trás”. A COP30 será realizada em novembro, em Belém (PA).

Leia a íntegra abaixo:

“Não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social; mas uma única e complexa crise socioambiental”, escreveu o Papa Francisco na Laudato si’, a primeira encíclica papal sobre meio ambiente. A resposta à mudança do clima, afirmou acertadamente o Pontífice, demanda “abordagem integral para combater a pobreza, devolver a dignidade aos excluídos e, simultaneamente, cuidar da natureza.”

“Papa Francisco foi não só um exemplo de dignidade humana, respeito e acolhimento, mas um ativista climático, defensor da natureza, das florestas e dos povos indígenas e comunidades tradicionais. A Laudato si’, publicada em 2015, e sua defesa de uma ecologia integral inspiraram o consenso que, poucos meses depois, permitiu a adoção do histórico Acordo de Paris.

“A mudança do clima, como bem reconhecia Francisco, é um acelerador de pobreza, desigualdade e sofrimento — e seu combate deve ser abrangente e guiado pela solidariedade. Se nada neste mundo nos é indiferente, o futuro de nossa casa comum depende urgentemente de ação coletiva rápida, inclusiva e eficaz.

“Que os ensinamentos do Papa Francisco e sua corajosa liderança sirvam de exemplo em um momento-chave para acelerarmos a implementação do Acordo de Paris e de soluções climáticas. Seu legado nos inspirará na COP30 e na mobilização de um mutirão global para combater a mudança do clima sem deixar ninguém para trás.”



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