No Myanmar, um grupo rebelde étnico birmanês prepara-se para entregar uma cidade estratégica no nordeste do estado de Shan às autoridades militares daquele país asiático.
Esta acto acontece ao abrigo de um acordo mediado por Pequim, segundo declarou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiro chinês.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Guo Jiakun, disse numa conferência de imprensa, que “através de um convite conjunto dos dois lados, a China enviou recentemente uma equipa para Lashio, em Myanmar (ex-Birmânia), para monitorar a aplicação do cessar-fogo entre os militares de Myanmar e o Exército da Aliança Democrática Nacional de Myanmar (MNDAA) e para testemunhar a transferência tranquila e ordenada da área urbana de Lashio”.
Em agosto de 2024, os combatentes do Exército da Aliança Democrática Nacional de Myanmar (MNDAA, na sigla em inglês) tomaram o controlo de Lashio, situação que foi considerada um grande revés para a junta militar birmanesa, que tomou o poder através de um golpe de Estado em fevereiro de 2021 e destitui um governo democraticamente eleito liderado por Aung San Suu Kyi – prémio Nobel da Paz 1991.
Guo sublinhou que “a manutenção da paz e da estabilidade no norte do Myanmar é do interesse fundamental de ambos os países e dos seus povos” e que a China “respeita a soberania nacional e a integridade territorial do Myanmar”.
O MNDAA não comentou a transferência da cidade e um porta-voz da junta militar não respondeu aos pedidos da agência de notícias France-Press (AFP).
O anúncio surge no dia em que termina o cessar-fogo temporário declarado pelo exército birmanês a 2 de Abril, na sequência do terramoto de magnitude 7,7 que atingiu o país a 28 de Março e causou mais de 3.700 mortos.
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