A República Democrática do Congo e o Ruanda pretendem assinar um acordo em Washington nesta sexta-feira, 25, para promover a paz e o desenvolvimento económico, disseram fontes à Reuters, parte de um esforço diplomático para acabar com a violência após um avanço de rebeldes apoiados por Ruanda no leste da RDC.
O acordo aumenta as esperanças de que o mais recente ciclo de violência em um conflito de décadas enraizado no genocídio de Ruanda possa diminuir, com ambos os países esperando atrair investimentos significativos dos EUA em minerais. No entanto, os pedidos de cessar-fogo anteriores não produziram efeitos.
Os ministros das Relações Exteriores dos dois países devem assinar o acordo em uma cerimónia com o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Washington está em negociações para investir bilhões de dólares em minerais no Congo, que possui vastas reservas de cobre, cobalto e lítio, usados em celulares e carros. Ruanda afirmou esta semana que também estava conversando com Washington sobre um possível acordo sobre minerais.
A RDC tem testemunhado um aumento da violência depois que os rebeldes do M23, apoiados por Ruanda, lançaram uma grande ofensiva em Janeiro, que levou à captura das duas maiores cidades do leste.
As Nações Unidas e os governos ocidentais afirmam que Ruanda forneceu armas e tropas ao M23. Ruanda nega apoiar o M23 e afirma que suas forças armadas agiram em legítima defesa contra o exército congolês e uma milícia fundada pelos perpetradores do genocídio de 1994.
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