A vacina contra a malária continua a ser lançada em África, depois de resultados promissores no Malawi.
O Mali está a entrar em uma nova fase de vacinação para proteger as crianças contra esta doença que ainda mata centenas de milhares de pessoas todos os anos.
Em Abril de 2019, apoiado pelo UNICEF e pela GAVI, o Malawi se tornou o primeiro país do mundo a lançar uma vacina contra a malária, como parte de um projecto piloto, a “Aliança para Vacinas”.
Três anos depois, os resultados falam por si: uma redução de 75% nos casos sintomáticos em crianças que receberam três doses. Hoje, as crianças no Mali receberão duas doses adicionais, além das três primeiras administradas no primeiro ano de vida.
Essa estratégia visa alinhar a protecção vacinal com os maiores períodos de transmissão, geralmente durante a estação chuvosa.
“As vacinas contra a malária não são perfeitas como as contra o sarampo ou a poliomielite, mas oferecem protecção razoável, o desafio é administrá-los no momento certo, para as crianças que mais precisam”, explica o professor Nicholas White, especialista em doenças tropicais.
Sem as vacinas, os tratamentos medicamentosos eram a principal arma contra a malária, as ACTs (terapias combinadas à base de artemisinina), que se tornaram a norma em 2005, agora enfrentam um problema preocupante: a crescente resistência dos parasitas da malária.
Esse fenómeno está preocupando a comunidade médica e está levando os pesquisadores a diversificar as abordagens: prevenção, tratamento, mas também erradicação por meio de novas vacinas.
Embora as vacinas actuais não garantam imunidade a longo prazo, a sua implantação nos países mais afectados representa um grande passo na luta contra a malária, eles fazem parte de uma estratégia global, juntamente com a prevenção por mosquiteiros, tratamento e vigilância sanitária.
O conteúdo Vacina contra a malária testada pelo Mali aparece primeiro em Correio da Kianda – Notícias de Angola.
Deixe um comentário