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Deputado contesta permanência de Lupi após desvios no INSS

Coronel Assis também questiona acordo de R$ 328 milhões da administração petista com empresa investigada pela PF

O deputado Coronel Assis (União Brasil-MT) fez nesta 2ª feira (28.abr.2025) um discurso contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por conta de suspeitas de corrupção envolvendo ministérios da administração petista.

Em sua fala no plenário, o congressista do Mato Grosso questionou a permanência do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT-RJ), depois de investigações da PF (Polícia Federal) encontrarem desvios de R$ 6,3 bilhões de aposentadoria e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

 “O que nos deixa tristes é saber que temos um ministro que cuida só da Previdência Social e esse ministro viu os desvios, testemunhou tudo, viu a Polícia Federal bater em cima disso, e esse ministro ainda faz parte do governo. Até quando o governo Lula vai manter esse tipo de profissional à frente dessas pastas?”, declarou.

A PF deflagrou na 4ª feira (23.abr) a operação Sem Desconto, que investiga um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS.

O líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (MG), porém, defende a manutenção de Lupi no cargo. Afirma que a saída dele significaria a saída da legenda do governo Lula.

EMPRESA INVESTIGADA

O deputado mato-grossense também fez críticas ao governo Lula por conta do acordo do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) de R$ 328 milhões com a Esplanada Serviços Terceirizados LTDA, empresa que está sob investigação da PF (Polícia Federal) e da CGU (Controladoria Geral da União).

A empresa é investigada por possível participação em esquema de fraudes em licitações federais, onde empresas simulariam concorrência para obter contratos governamentais.

Em 11 de fevereiro de 2025, a empresa foi alvo de mandados de busca e apreensão durante a Operação Dissímulo, conduzida pela PF e CGU. Mesmo assim, o MGI aceitou a proposta da Esplanada em 21 de fevereiro, apenas 10 dias depois das diligências policiais.

PRESSÃO DA OPOSIÇÃO

Os casos recentes envolvendo a administração petista têm aumentado a pressão sobre o presidente Lula. Além de Assis, outros deputados foram ao plenário da Câmara cobrar o chefe do Executivo em um dia de Casa esvaziada de congressistas.

Além disso, os oposicionistas coletam assinaturas para pedir a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as possíveis fraudes no INSS.

A iniciativa é encabeçada pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e já está com o apoio dos quase 171 congressistas necessários para apresentar o pedido de abertura de CPI.


Leia mais sobre o suposto esquema de corrupção no INSS:


Este texto foi produzido pelo estagiário de jornalismo José Luis Costa sob a supervisão do editor Augusto Leite.



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