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Em 50 anos Angola perdeu quase cem mil hectares de florestas

Em 1975, a quando da independencia de Angola, o país tinha 148 mil hectares de florestas plantadas, herdadas das autoridades coloniais. Passados cinquenta anos, o inventário florestal nacional, do Ministério da Agricultura e Florestas, aponta para a exisntência de 60 mil, uma perda de 88 mil hectares.

A informação foi revelada pelo Secretário de Estado para as Florestas, João Manuel Bartolomeu da Cunha, na 38ª sessão temática do CIAM, promovida pelo Ministério das telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.

“Nós, em 2017, resolvemos fazer um inventário florestal nacional e do inventário florestal nacional, que é esse que está ali, nós conseguimos aferir que tínhamos cerca de 69,3 milhões de hectares de floresta, dos quais 61 mil hectares vinham da floresta, ou são da floresta plantada, que eu acabei de fazer referência. Esta área de 69,3 milhões de hectares corresponde a 55,6% da superfície do território nacional”, disse o governante em conferência de imprensa.

O Secretário de Estado João Manuel Bartolomeu da Cunha disse que o país teve, no período em referência, uma taxa de desflorestação de 0,8%, o que significa que em cada 100 mil hectares de floresta, foram perdidos 800 hectares todos os anos.

“E esta perda é derivada das ações que o homem exerce sobre as nossas florestas. Estamos a falar aqui da actividade carvoeira, estamos também aqui a mencionar as queimadas, e também as queimadas devido à caça e devido à própria actividade agrícola que é feita de forma itinerante”, explicou.

Em termos de contributo à economia nacional, o Secretário de Estado disse que até 2023, o sector florestal participou com cerca de 0,1% no PIB, uma realidade que aquele departamento ministerial pretende mudar, traçando a meta de 4% até 2036.

O ganho assinalavel do sector, avançou, é da criação de oito mil novos empregos directos e outros 24 mil indirectos até 2024.

João Manuel Bartolomeu da Cunha referiu que os 69,3 milhões de hectares que o país possuia até 2017, representam, em termos de volume de árvores cerca de 2 bilhões ou 10 mil milhões, 649 mil, 916 mil metros cúbicos.

Por esta razão, a capacidade admissível de corte, na floresta natural e na floresta plantada, é de 1 milhão 600 mil metros cúbicos de madeira ao todo.

“Isto é que nós podemos cortar anualmente, sem metermos em causa ou em perigo a sustentabilidade das nossas florestas”, sublinhou, acrescentando que 600 mil metros cúbicos floresta natural, 1 milhão de metros cúbicos de madeira na floresta plantada, podem ser exploradas, sem comprometer o ecossistema nacional.

Num inventário realizado pelo Ministério da Agricultura e Florestas em 2024, apurou-se o registo de 149 empresas que actuam no sector madeireiro e a existência de um volume licenciado na ordem dos 151 mil metros cúbicos de madeira em touro.

“Com este volume, foi possível arrecadarmos, em termos de receita para o Orçamento Geral de Estado, o equivalente a 687 milhões, 670 mil e 320 Kwanzas”, sublinhou.

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