Acompanhado pelos chefes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, o ministro da Defesa recebeu homenagem em São Paulo
José Múcio Monteiro disse que “riscou” de todos os seus calendários o 8 de janeiro –data em que, no ano de 2023, bolsonaristas invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes pedindo uma intervenção militar. A declaração do ministro da Defesa foi dada nesta 2ª feira (5.mai.2025) durante um almoço com empresários do grupo Lide.
“Eu vim aqui logo depois de 8 de janeiro, uma data que eu já risquei de todos os meus calendários, não tem mais dia 8. Eu vim aqui convidado pelo João [Dória] com ministro Flávio Dino, nem ele conseguiu falar da justiça, que ele tinha um posicionamento mais duro talvez que o meu, nem eu consegui falar de defesa”, disse.
O chefe do Ministério da Defesa recebeu uma homenagem do ex-governador de São Paulo e dono do grupo Lide, João Doria. Também estavam presentes 3 chefes das Forças Armadas, o almirante Marcos Sampaio Olsen (Marinha), o general Tomás Paiva (Exército) e o tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica).
Múcio também criticou o que chamou de “partidarização das Forças” e defendeu a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 42/2023, que proíbe militares de integrar cargos eletivos para evitar futuras articulações de um golpe de Estado. Caso os militares da ativa decidam se candidatar, serão transferidos para a reserva.
“Se não se eleger, ele está fora da vida política, mas não é novidade no Brasil, porque o juiz quando sai não volta, o promotor quando sai não volta, porque ele se elege com prerrogativas, com ferramentas do Estado, que usa para se eleger e volta para lá”, declarou.
Ele disse que planeja discutir a proposta junto ao senador Jacques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado. “O governo torce para que isso aconteça. Eu falei ao Presidente da República e é por conta disso que eu vou falar com o Jacques Wagner para ver qual ponto nós precisamos corrigir para que isso tenha sequência”, disse em entrevista a jornalistas.
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