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Eleição papal: o fumo branco poderá ser favorável a cardeais africanos?

Inicia hoje o processo de eleição do novo Papa católico face ao falecimento do Papa Francisco, que conheceu a morte a 21 de Abril deste ano de 2025. Portanto, já ecoa o mundo a notícia de que três cardeais africanos estejam bem cotados para ocuparem o cargo, ao mesmo tempo que se sublinha que, caso um destes venha a ser eleito, poderá ser o quarto Papa negro ao longo de toda a história. Porém, vale referir que há segmentos que rejeitam essa narrativa de que a Igreja Católica já tenha sido liderada por cardeais de raça negra, aceita-se sim, que já tenha havido Papas africanos, mas não necessariamente que estes tenham sido de raça negra.

Já estão na Capela Sistina, parte do Palácio Apostólico, no Vaticano, os 133 cardeais que, em Conclave, deverão a partir desta quarta-feira, 07, eleger o novo Papa, a entidade com a autoridade moral, espiritual e administrativa sobre todos os católicos de todo o mundo.

Normalmente, o processo de eleição de um Papa dura entre dois e três dias. Por exemplo, os conclaves que elegeram Francisco, em 2013, e Bento XVI, em 2005, foram concluídos em apenas dois dias. De modo geral, as eleições dos últimos 100 anos foram rapidamente resolvidas.

Mas já houve eleições que duraram semanas — incluindo um episódio no século XIII em que um conclave demorou mais de dois anos para ser concluído e terminou com a eleição de Gregório X.
Portanto, para o conclave deste ano, já ecoa o mundo a notícia segundo a qual três cardeais de raça negra estejam bem cotados para ocuparem o cargo, ao mesmo tempo que se sublinha que, caso um destes venha a ser eleito, poderá ser o quarto Papa negro ao longo de toda a história.

Entre os Papas presumivelmente negros que existiram estão Vítor I (189-198), Melquíades (311-314) e Gelásio I (492-496), que assumiram numa época de relações estreitas entre a Igreja e o Oriente. Alexandria, Cartago e Hipona eram cidades chave para o domínio cristão – e cargos relevantes foram destinados a homens dessas regiões.

Dados consultados pelo Correio da Kianda indicam que, até o século V, houve um forte intercâmbio entre a Itália e o norte da África, como narrara o bispo gaúcho Zeno Hastenteufel, especialista em história da Igreja.

“Embora fossem africanos, os Papas não eram negros”, destacara o bispo citado pelo website “Kerigma Católica News”.

De acordo com o referido portal especializado em matéria católica, tendo em conta à mistura de raças nas regiões de origens desses Papas tidos como negros, é mais provável que eles (Vítor I, Melquíades e Gelásio) fossem mestiços – pardos, num termo usado hoje. A confirmação é difícil, pois não há referências da época.

“Os primeiros Papas só foram retratados séculos depois, em imagens que não passam de uma representação simbólica”, sublinhara igualmente o teólogo Fernando Altemeyer, da PUC de São Paulo, também citado pelo website.

Já para este século 21, precisamente 2025, os cardeiais negros bem cotados para eleição são Fridolin Ambongo Besungu, da República Democrática do Congo (RDC), Peter Kodwo Appiah Turkson (Gana), e Robert Sarah (Guiné).

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