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Presidente da Eletronuclear deixará o cargo

Saída de Lycurgo ocorre após mudanças na gestão e em Angra 3; sucessão opõe técnico ligado ao Ministério de Minas e Energia e nome político

O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, decidiu deixar o comando da estatal. A saída não será imediata e deverá passar por um processo de transição. Ele está no cargo desde dezembro de 2023.

O nome mais cotado para substituí-lo é o de André Luiz Osório, atual chefe de gabinete de Lycurgo. Ele tem boa interlocução com o MME (Ministério de Minas e Energia), onde já atuou como diretor do Departamento de Informações e Estudos Energéticos. Também trabalhou na EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e tem mais de duas décadas de experiência na área.

Sidnei Bispo, diretor administrativo da Eletronuclear, também é cogitado para assumir a presidência da estatal. Bispo foi indicado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). No entanto, enfrenta resistência interna. Durante o período em que assumiu interinamente o comando da empresa, em janeiro de 2025, houve desgaste com a equipe técnica e pedidos de exoneração de gerentes. Ao Poder360, servidores questionam sua falta de experiência no setor nuclear.

AUSTERIDADE

A gestão de Lycurgo foi marcada por medidas de ajuste fiscal. Em 2024, implementou um plano de cortes de despesas que provocou greves na usina nuclear de Angra dos Reis.

Ele também foi responsável pela assinatura do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) 2024–2026. O documento transformou o PDC (Programa de Desligamento Complementar), que previa a demissão compulsória de 90 aposentados, em um PDV (Programa de Desligamento Voluntário), após pressão dos sindicatos.

A decisão de Lycurgo de deixar a presidência ocorre após a aprovação de um acordo que retira da Eletrobras a obrigação de investir na conclusão da usina nuclear de Angra 3.

Um estudo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estimou em R$ 23 bilhões o valor necessário para concluir as obras da usina. Caso o projeto seja cancelado, a desmobilização do canteiro exigiria R$ 21 bilhões.



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