O antigo primeiro-ministro do Chade, Succès Masra, figura da oposição, foi detido hoje por ter difundido mensagens de “incitamento ao ódio” relacionadas com os confrontos ocorridos no sudoeste do país, anunciou a autoridade judicial.
O Ministério Público explicou, num comunicado divulgado pela imprensa local, que a detenção de Masra se deve ao seu suposto envolvimento no ataque executado na última quarta-feira na aldeia de Mandakao, localizada na província de Logone Ocidental (sudoeste do país), que deixou 42 vítimas, a maioria mulheres e crianças, e casas incendiadas.
O procurador da República, Oumar Mahamat Kedelaye, afirmou que, de acordo com as investigações preliminares, o líder da oposição esteve envolvido em incitamento ao ódio e à violência, nomeadamente em mensagens nas suas redes sociais, nas quais apelava à população para se armar contra uma comunidade residente na zona.
Kedelaye acrescentou que a detenção, que faz parte de um “processo judicial ordinário”, se deve a actos “extremamente graves”, incluindo incitação ao ódio e à revolta, formação e cumplicidade em gangues armadas, cumplicidade em assassinato, incêndio criminoso e profanação de sepulturas.
A detenção de Masra ocorre depois de, no final de Abril, ter instado o Presidente do Chade, Mahamat Idriss Déby Itno, a “mudar de rumo para que a mudança desejada pelo povo se torne uma realidade” e denunciado o que qualificou de “mudanças cosméticas” promovidas pelo Presidente desde a sua chegada ao poder.
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