Ataques se deram enquanto presidente dos EUA encerrava viagem ao Oriente Médio; Ministério da Saúde local reporta centenas de feridos
Bombardeios israelenses nesta 6ª feira (16.mai.2025) mataram ao menos 93 palestinos na Faixa de Gaza. Os ataques se deram enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), encerrava sua viagem ao Oriente Médio, sem incluir Israel em seu roteiro.
O Ministério da Saúde de Gaza também informou que os bombardeios deixaram centenas de feridos. As informações são da Associated Press.
As operações militares israelenses atingiram diversas áreas do território palestino, incluindo Deir al-Balah, Khan Yunis, Jabaliya e Beit Lahiya. Os ataques começaram durante a noite e continuaram até a manhã, forçando a população a abandonar suas residências no campo de refugiados de Jabaliya e na cidade de Beit Lahiya, no norte de Gaza.
A intensificação das ações militares se dá em um momento em que havia expectativas de que a visita de Trump à região pudesse resultar em um acordo de cessar-fogo ou na retomada da ajuda humanitária para Gaza. O território palestino completa 3 meses sob bloqueio imposto por Israel.
Durante um fórum empresarial em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, Trump comentou sobre a situação em Gaza no último dia de sua viagem. “Estamos de olho em Gaza”, afirmou o presidente norte-americano. “Precisamos cuidar disso. Muitas pessoas estão morrendo de fome. Há muitas coisas ruins acontecendo”, disse.
NETANYAHU INTENSIFICA GUERRA
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), afirmou que o país seguirá com a escalada militar na Faixa de Gaza para destruir o Hamas. Segundo ele, as forças israelenses estão prestes a iniciar uma ofensiva de grande intensidade.
Uma autoridade israelense disse que os ataques recentes são preparativos para essa operação e visam a pressionar o Hamas a aceitar um acordo de libertação dos reféns. O governo também avaliou as negociações de cessar-fogo em andamento no Qatar.
O porta-voz David Mencer declarou que o exército está intensificando as ações desde a suspensão da libertação de reféns pelo Hamas e que Israel continuará pressionando o grupo até que ele renuncie ao poder.
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