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Ex-diretor cita desvios e influência de “Careca do INSS”

Investigada pela PF, Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas faturou R$ 202 milhões desde que assinou acordo com o instituto

Um ex-diretor do Cebap (Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas) afirmou ter sido contratado pelo empresário Maurício Camisotti para gerir a entidade e uma federação comandada por Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Antunes é apontado pela investigação da Polícia Federal como figura central no esquema que desviou até R$ 6,5 bilhões de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Segundo o ex-diretor, que não se identificou, ele fechava contratos públicos em Brasília para as empresas de planos odontológicos de Camisotti. Por cada acordo, o ex-dirigente recebia uma comissão. As informações são do portal de notícias Metrópoles.

O ex-diretor foi contatado em dezembro de 2023 por Rodrigo Califoni, próximo a Camisotti, para presidir uma associação de federações em prol dos aposentados. A organização uniria entidades ligadas tanto ao empresário quanto ao “Careca do INSS”.

A federação já tinha endereço no Lago Sul, em Brasília, mas não começou a atuar, já que as fraudes no INSS foram reveladas. O aluguel seria de R$ 22.000.

Ainda segundo o Metrópoles, gestores de outros sindicatos afirmaram terem sido abordados por pessoas próximas a Camisotti para que se filiassem à federação. O objetivo era unir forças para aparelhar o INSS a favor dos interesses das entidades.

Antunes teria recebido cerca de R$ 53,58 milhões de associações e empresas intermediárias no esquema de descontos irregulares em aposentadorias no órgão.

O ex-diretor do Cebap também disse que os descontos das mensalidades dos aposentados –que chegavam a R$ 15 milhões– eram repassados para outras contas por funcionários de Camisotti. “Diariamente, eles faziam 4 transferências de R$ 500 mil e uma de R$ 400 [mil]”, afirmou.

Em 2024, a Polícia Civil de São Paulo e o Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado, do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) cumpriram um mandado de busca e apreensão no Cebap.

Com as investigações, o salário de R$ 15.000 do ex-diretor passou a ser pago em dinheiro. No início de 2025, ele saiu da direção do Centro e rompeu com Maurício Camisotti.



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