Israel só encerrará ofensiva se Hamas liberar reféns, deixar o poder e retirar palestinos de Gaza, afirma premiê.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na 4ª feira (21.mai.2025) que o país só encerrará a guerra contra o Hamas se o grupo liberar todos os reféns, abandonar o poder e se for adotado o plano do presidente estadunidense Donald Trump de transferir toda a população de Gaza para fora do território. A medida proposta por Trump é rejeitada pela população palestina e quase toda a comunidade internacional.
Em declaração à imprensa, Netanyahu anunciou que Israel está a poucos dias de implementar um novo sistema de ajuda humanitária em Gaza, indicando que planeja posteriormente criar uma “zona estéril” no local onde a população seria transferida e receberia suprimentos.
“Para permitir nossa liberdade de ação operacional e para permitir que nossos bons amigos continuem a nos apoiar, precisamos permitir (a entrada de) ajuda humanitária”, disse o primeiro-ministro israelense.
Netanyahu afirmou que o Hamas “está saqueando uma parte significativa da ajuda e vendendo o restante a um preço inflacionado para financiar seu exército terrorista”.
Sob forte pressão internacional, na 2ª feira (19.mai) o governo de Israel anunciou a liberação de uma ajuda humanitária em escala reduzida para a Faixa de Gaza depois de um bloqueio que durou quase 3 meses.
De acordo com o porta-voz da ONU (Organização das Nações Unidas), Stephane Dujarric, a maioria dos suprimentos que entrou na região foi transportada em caminhões da própria organização, mas não pôde seguir adiante porque a estrada designada pelos militares israelenses apresentava condições de insegurança.
Mais tarde, um outro funcionário da ONU disse em condição de anonimato à Associated Press que mais de uma dúzia de caminhões que saíram da área de travessia chegaram a armazéns no centro de Gaza na noite de 4ª feira (21.mai). O governo israelense afirma que 100 caminhões de ajuda humanitária se deslocaram até o centro de Gaza.
Entre a noite de sábado e a manhã de domingo (18.mai), ataques aéreos israelenses resultaram na morte de pelo menos 103 palestinos, segundo informações de médicos e hospitais locais. Entre as vítimas estão mulheres e crianças.
Em Khan Younis, no sul, mais de 48 pessoas morreram. No norte da Faixa de Gaza, os bombardeios causaram a morte de 19 civis, incluindo mulheres e crianças, conforme relatos médicos.
Segundo o primeiro-ministro de Israel, ao final das operações militares terrestres em andamento no território palestino, “todas as áreas da Faixa de Gaza estarão sob controle de segurança israelense e o Hamas será derrotado”.
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