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Israel autoriza 22 novos assentamentos judaicos na Cisjordânia

Direito internacional considera ilegal esse tipo de ocupação do território; cerca de 700 mil colonos vivem em áreas palestinas

O governo de Israel autorizou a criação de 22 novos assentamentos judaicos no norte da Cisjordânia ocupada. O anúncio foi feito nesta 5ª feira (29.mai.2025) pelo ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, em meio à guerra na Faixa de Gaza. As informações foram divulgadas pela agência Reuters.

Segundo o governo israelense, parte dos assentamentos corresponde a “postos avançados” já existentes. Smotrich, político ultranacionalista da coalizão de direita, defende há anos a soberania israelense sobre a Cisjordânia. O direito internacional considera ilegal esse tipo de ocupação do território palestino.

Atualmente, cerca de 700 mil colonos israelenses vivem entre 2,7 milhões de palestinos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental —territórios ocupados por Israel desde a guerra de 1967. A presença israelense na área palestina se intensificou desde o início do conflito com o Hamas na Faixa de Gaza, em 8 de outubro de 2023.

Yisrael Ganz, presidente do Conselho Yesha —que representa os assentamentos judaicos e é aliado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu —elogiou a iniciativa. “Essa decisão histórica envia uma mensagem clara: estamos aqui para ficar e para fortalecer a segurança de todos os residentes de Israel.

A organização israelense de direitos humanos B’Tselem acusou o governo de promover “supremacia judaica” por meio do roubo de terras palestinas e criticou a comunidade internacional por permitir tais ações. Já o grupo Breaking the Silence, formado por veteranos das Forças Armadas israelenses, afirmou que a decisão legitima colonos violentos e é guiada por uma ideologia extremista.

Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, classificou os novos assentamentos como uma “escalada perigosa” e acusou o governo israelense de tentar impedir a criação de um Estado palestino. “Esse governo extremista está arrastando a região para um ciclo de violência e instabilidade”, afirmou.

Sami Abu Zuhri, representante do Hamas, afirmou que a medida integra “a guerra liderada por Benjamin Netanyahu [primeiro-ministro de Israel] contra o povo palestino” e pediu ações concretas por parte dos Estados Unidos e da União Europeia.

Hamish Falconer, ministro britânico para o Oriente Médio, também condenou a medida. Segundo ele, os assentamentos são ilegais sob o direito internacional e “colocam em risco a solução de dois Estados”. Reino Unido, França e Canadá já alertaram Israel neste mês sobre possíveis sanções caso a expansão continue. Um número crescente de países europeus também pressiona Tel Aviv pelo fim da ofensiva em Gaza.



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