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Crédito aos entregadores deve sair próximo ao fim do ano

Equipe avalia que há outras pautas prioritárias a curto prazo; relator da regulamentação na Câmara diz que Lula está preocupado com o tema

A equipe responsável por viabilizar a linha de crédito para entregadores de aplicativo avalia que o desenho final da medida ficará pronto mais próximo da virada do ano. A ideia é oferecer empréstimos para compra de motos.

O Poder360 apurou que o prazo é visto como mais crível por causa das outras prioridades do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O time do petista corre para minimizar os impactos de 2 assuntos centrais:

  • crise do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) – fraudes bilionárias por associações e sindicatos foram identificadas pela Polícia Federal;
  • impasse do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) – a equipe econômica elevou o tributo para aumentar a arrecadação, mas sofre pressões de diversos setores para rever as medidas.

O ramo de delivery avalia que o financiamento aos entregadores deve ser positivo para o mercado. Os representantes das grandes empresas veem que as medidas são bem-vindas.

Por outro lado, há um ceticismo sobre como o governo vai conseguir bancar esse empréstimo. Os empresários esperam mais detalhes do que está por vir.

ACIDENTES DISPARAM

Dados do SUS (Sistema Único de Saúde) mostram que as internações por traumatismos em motociclistas bateram recorde em 2024, com 165,3 mil registros. Representa uma alta anual de 16% e de 73% em uma década.

O acumulado no 1º trimestre de 2025 é de 41.200 casos. Os acidentes com motoqueiros sobrecarregam hospitais que atendem ao SUS, dificultando o atendimento da rede pública.

Os gastos públicos são afetados por causa dessa alta. O custo total para o tratamento dos acidentados somou R$ 265,5 milhões em 2024.

Há uma análise de que uma maior facilidade para a compra de motos, como Lula quer, tem potencial de elevar os números de internações e os gastos do SUS com as medidas.

Caso o cenário se confirme, a medida vai contra o que já defendeu o próprio governo.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, é um dos maiores defensores da regulamentação robusta do setor para deixá-lo similar ao regime formal da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Já mencionou o número de acidentes de trânsito como um problema.

O relator do texto da regulamentação na Câmara, deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos-PE), disse ao Poder360 que Lula também já manifestou preocupação sobre o tema depois de uma reunião com congressistas.

“Não só o ministro Marinho, mas o presidente Lula. O presidente tem falado isso. Eu estive com ele depois de uma reunião na semana passada. Ele falou comigo pessoalmente”, disse.



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