A proposta de Lei de Alteração à Lei n.º 12/19, de 14 de maio, sobre a Liberdade de Religião e de Culto, no País, já está no Parlamento, os cultos realizados em quintais serão suspensos e os ministros do culto deverão ter o grau de licenciatura em Teologia. Para o sociólogo Agostinho Paulo a proposta apresentada pelo governo não regerá conforme os princípios religiosos por entender que o problema não está na teologia, mas sim, na má interpretação dos mesmos que tem a religião como fonte de enriquecimento.
“Então, eu acho, aqui não corroboro, de que a licenciatura em teologia é um dos mecanismos que virá, portanto, reger o bom princípio da seita religiosa. Não. O problema não está na teologia, o problema está na má interpretação dos mesmos e no enriquecimento “afirmou.
Para o sociólogo a humanização, senso da responsabilidade e que o Estado deve, através do Ministério da Cultura, fiscalizar aquelas seitas religiosas que, mesmo licenciadas ferem o princípio constitucional. Segundo Agostinho a proliferação dos feriados de seitas religiosas em angola actualmente caracteriza-se como uma oportunidade para que os líderes conseguem organizar as suas vidas e assim ter a igreja como única fonte de rendimento. “Vemos também que muitas seitas religiosas, o seu objecto de adoração fere aquilo que é o princípio da constituição, do código penal e também da nossa cultura, porque muitos” frisou.
Estas seitas segundo o que disse criadas fora dos princípios religiosos são muitas vezes promotores da desestruturação familiar onde alguns indivíduos entendem que são os escolhidos para acusar crianças de feitiçarias, tiram muitas crianças dos seus familiares, violam crianças, engravidam menores de idade.
Quanto ao nível académico o especialista entende que há no território muitos líderes licenciados, mestres, uns doutores religiosos, mas cujos seus objectivos e comportamento ferem com aquilo que é o princípio social, ético, moral e religioso.
O sociólogo traz uma comparação de Ruanda onde se criou um mecanismo para regular a religião e assim evitar a inexistência de seitas que aparecem apena para fins lucrativos.
Quanto ao executivo angolano o sociólogo sugere um estudo minucioso no sentido de compreender as denúncias de que muitos líderes enriquecem por conta dos membros e quando tiverem provas suficientes é aplicar com que essas igrejas , pois para ele muitos líderes não são de fé, são líderes oportunistas, são líderes que fazem da Bíblia como um objecto de atracção.
“Um camarada estudou, às vezes é jurista, se deu mal na advocacia, é profeta. Agora uma questão que se levanta, quem é que consegue os profetas? É Deus? “Questionou o sociólogo.
Para contrapor este quadro o especialista entende ser necessário a criação de uma associação que visa avaliar a idoneidade, os feitos do ponto de vista social, a intersecção do ponto de vista da paz, a intersecção do ponto de vista da união dos povos, a expansão, as actividades filantrópicas, a idade e depois a comunidade da própria seita religiosa, que tem de ter número elevado de membros e de líderes, e por fim por intermédio de um colégio, poderão decidir votar para catapultar o cidadão como pastor religioso.
No entanto Agostinho Paulo trás a problemática dentro das religiões onde tem havido roubo nas igrejas, é os crimes que muitas seitas religiosas ou religião tem praticado e que os líderes não são detidos, nem punidos por esse fato.
O conteúdo “Licenciatura em teologia não pode ser único mecanismo para reger os princípios religiosos”, afirma sociólogo aparece primeiro em Correio da Kianda – Notícias de Angola.
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