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Relatório e Contas da Sonangol aprovado com reservas pelo auditor independente

A Ernst & Young Angola, Lda, auditor independente, aprovou com reservas o Relatório e Contas de 2024 da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (SONANGOL, EP), que registou lucros de pouco mais de 736 mil milhões de kwanzas, representando um recuo de cerca de 26% em relação ao período homólogo, em que a entidade teve um resultado líquido de pouco mais de 930 mil milhões de kwanzas.

No seu relatório, o auditor externo apontou várias razões que justificam a sua aprovação com reservas, tendo como destaques o facto de a rubrica de “Contas a Receber” apresentar um montante de 6,4 mil milhões de kwanzas, e 5,3 mil milhões em 2023, referentes a créditos da Sonangol sobre o Estado e outras entidades públicas, e que apesar de 1,1 mil milhões de kwanzas (2023: 995,5 milhões) se encontrarem em processo de validação e reconciliação, não foi possível ao auditor concluir “quanto à titularidade, existência e recuperabilidade” destes montantes, “nem quanto aos efeitos que possam advir da conclusão deste processo para as demonstrações financeiras”.

E relativamente ao saldo remanescente, no montante de 5,3 mil milhões, o auditor disse não existir até à data do encerramento da análise às contas, “um plano de reembolso” dos créditos, facto que não permite ao Ernst & Young Angola determinar a “tempestividade do seu recebimento e, consequentemente, a correcta apresentação entre o activo corrente e o activo não corrente”.

Já em relação à produção petrolífera, o Relatório e Contas da Sonangol, assinado pelo seu Presidente do Conselho de Administração, Sebastião Gaspar Martins; o administrador executivo, Baltazar Miguel; e o chefe de departamento de Supervisão e Consolidação; bem como pelo director de Finanças, Divaldo Kienda Feijó Palhares, refere que as ramas angolanas registaram um aumento no número de carregamento comparativamente ao ano anterior, tendo sido comercializado um total de 147 carregamentos, ou seja, 2 carregamentos a mais em relação ao ano transacto, devido essencialmente ao aumento dos direitos de levantamento da Sonangol e da Concessionária.

O documento, entretanto, destaca igualmente a fraca procura chinesa, que segundo o Conselho de Administração da entidade, resultou das fracas margens de refinação, o aumento das taxas de frete dos navios VLCC na rota África Ocidental – Extremo Oriente registado no início do ano.

O preço das ramas angolanas, faz saber o relatório, registou um máximo de USD 91,326/barril, um mínimo de USD 70,509/barril e uma média anual ponderada de USD 80,136/barril, ou seja, USD 1,854/barril abaixo da média registada em 2023, que foi de USD 81,990/barril.

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