As autoridades togolesas suspenderam, esta segunda-feira, as emissões da Radio France Internationale (RFI) e do canal televisivo France 24 no país, por três meses.
A decisão, tornada pública pela autoridade reguladora da comunicação social, consta de uma acusação de que as empresas de transmitirem “informações inexatas e tendenciosas”.
A suspensão dos meios de comunicação social estatais franceses ocorre dez dias após manifestações antigovernamentais terem abalado a capital do Togo, Lomé.
Segundo a emissora alemã Deutsche Welle, que veicula a informação, a Alta Autoridade para o Audiovisual e a Comunicação (HAAC) detectou que “várias emissões recentes transmitiram factos inexatos, tendenciosos ou mesmo contrários ao estabelecido, pondo em causa a estabilidade das instituições republicanas e a imagem do país”.
No comunicado da HAAC, citado pela DW lê-se que a medida “surge na sequência de repetidas violações, já denunciadas e formalmente revogadas, em termos de imparcialidade, rigor e verificação dos factos”.
“O pluralismo de opinião não autoriza a divulgação de inverdades ou a apresentação tendenciosa de notícias. A liberdade de imprensa não pode ser sinónimo de desinformação ou de ingerência”, continua a instituição.
No início de junho, manifestações convocadas e incentivadas através das redes sociais por jovens e activistas da sociedade civil tiveram lugar em Lomé, capital do país, para protestar contra o regime liderado por Faure Gnassingbé desde 2005.
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