Autoridades houthis do Iêmen alegaram nesta segunda-feira, 28, que um ataque aéreo americano atingiu uma prisão que abrigava migrantes africanos, matando pelo menos 68 pessoas e ferindo outras 47. O exército americano não comentou de imediato.
O ataque na província de Saada, no Iêmen, um reduto dos houthis, é o incidente mais recente na guerra de uma década no país para matar migrantes africanos da Etiópia e de outras nações que se arriscam a cruzar o país em busca de uma oportunidade de trabalho na vizinha Arábia Saudita.
Imagens fortes veiculadas pelo canal de notícias via satélite al-Masirah, dos houthis, mostraram o que pareciam ser cadáveres e outros feridos no local. O Ministério do Interior informou que cerca de 115 migrantes foram detidos no local.
A agência de Defesa Civil disse que pelo menos 68 pessoas foram mortas e outras 47 ficaram feridas no ataque.
Uma voz feminina, suave na filmagem, pode ser ouvida repetindo o início de uma oração em árabe: “Em nome de Deus”. Tiros ocasionais eram ouvidos enquanto os médicos tentavam ajudar os feridos.
Etíopes e outros migrantes africanos desembarcam há anos no Iêmen, desafiando o país devastado pela guerra para tentar chegar à Arábia Saudita em busca de trabalho. Os rebeldes houthis supostamente ganham dezenas de milhares de dólares por semana contrabandeando migrantes pela fronteira.
Imigrantes da Etiópia foram detidos, abusados e até mortos na Arábia Saudita e no Iêmen durante a guerra. Uma carta da ONU enviada ao reino em 3 de Outubro de 2022 afirmava que seus investigadores “receberam alegações preocupantes de bombardeios de artilharia e disparos de armas de pequeno porte transfronteiriços, supostamente por forças de segurança sauditas, causando a morte de até 430 e ferindo 650 migrantes”.
A Arábia Saudita negou ter matado migrantes.
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