Lar Notícias BNDES destina R$ 40 milhões para proteção de ilhas oceânicas
Notícias

BNDES destina R$ 40 milhões para proteção de ilhas oceânicas

Banco investe na da biodiversidade marinha, incluindo preservação de aves e combate a espécies invasoras

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou nesta 2ª feira (2.jun.2025) investimentos de R$ 40 milhões para a preservação da biodiversidade de ilhas oceânicas do país. A iniciativa faz parte do projeto BNDES Azul.

A linha de crédito selecionará iniciativas que visem a restaurar e proteger os habitats reprodutivos de aves marinhas e migratórias em ilhas oceânicas. Segundo a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, um dos objetivos do projeto é combater espécies invasoras de roedores que atacam ninhos.

“O Brasil tem um conjunto de ilhas que são patrimônio natural e que por um conjunto de fatores hoje estão sob risco e ameaça. Algumas das espécies de aves que vivem nessas ilhas são vulneráveis e hoje estão em risco”, disse a diretora. 

Para esse edital, podem se inscrever instituições sem fins lucrativos que apresentem projetos com valor mínimo de R$ 5 milhões. O BNDES poderá financiar até 50% de cada proposta aprovada.

O banco ainda ampliou a linha de crédito para projetos de recuperação de recifes em diferentes regiões do país. Alguns já selecionados são de instituições como WWF, Funbio, Fundação José Bonifácio, RedeMar, Projeto de Conservação Recifal e AEPTEC-BA.

“Estamos buscando melhorar a qualidade da água nas bacias que alimentam os corais, combater a pesca predatória, gerar renda alternativa para essas comunidades, ordenar o turismo comunitário”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

MAPEAMENTO

O banco também assinou nesta 2ª feira (2.jun) um contrato de R$ 12 milhões para a realização de estudos do PEM (Planejamento Espacial Marítimo) da costa sudeste, que inclui os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

A proposta é mapear todo o litoral brasileiro, como um compromisso assumido pelo Brasil na Conferência da ONU para os Oceanos, em 2017. A meta do governo é concluir o mapeamento em todas as regiões até 2030, consolidando o PEM como política pública nacional. 

Já estão sendo realizados os PEM do Sul (que engloba os litorais dos 3 Estados da região) e do Nordeste (que inclui toda a costa da Bahia ao Piauí, além das ilhas de Fernando de Noronha e São Pedro e São Paulo).

O BNDES também anunciou o consórcio que fará o PEM da costa norte, que vai do Maranhão ao Amapá. A região tem um enorme potencial para a produção petrolífera. Ao mesmo tempo, há o receio, por parte de ambientalistas, de que a exploração petrolífera possa colocar em risco a vida selvagem local.

“Rigorosamente, a gente teria que fazer isso independentemente de qualquer debate com relação à margem equatorial e qualquer exploração, como nós estamos fazendo no sul, por exemplo, do país, que já está bem adiantado”, afirmou Campello.



Fonte

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Mentir é errado, não crime, diz Mendonça sobre redes sociais

Ministro do STF declara que impedir que usuários se manifestem não deve...

Moraes abre inquérito contra Zambelli por obstrução de Justiça

Moraes abre inquérito contra Zambelli por obstrução de Justiça Moraes abre inquérito...

Meta bloqueia perfis de Zambelli após determinação de Moraes

Deputada teve prisão preventiva decretada pelo ministro nesta 4ª feira (4.jun) após...

Crédito aos entregadores deve sair próximo ao fim do ano

Equipe avalia que há outras pautas prioritárias a curto prazo; relator da...