Giuseppe Dutra Janino e Wagner de Oliveira foram dispensados pela defesa do ex-presidente
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes que desistiu de mais duas testemunhas de defesa no processo que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022.
As testemunhas são: Giuseppe Dutra Janino, ex-secretário de Tecnologia da Informação do TSE, e Wagner de Oliveira, coronel que integrou comissão de acompanhamento das eleições.
Na 5ª feira (29.mai), a defesa de Bolsonaro já havia desistido do depoimento de outras 4 testemunhas. Entre elas, 2 ex-ministros de seu governo: o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-titular da Saúde, e Gilson Machado, ex-ministro do Turismo.
As testemunhas de defesa não são obrigadas a prestar depoimento a menos que sejam intimadas pelo STF. Os advogados dos réus podem dispensá-las.
Durante a manhã, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), depôs à 1ª Turma da Corte. Em sua declaração, disse que o ex-presidente temia que o governo “desandasse” depois da derrota para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , mas negou que o ex- chefe do Executivo tivesse qualquer intenção golpista.
Bolsonaro é réu por, segundo a PGR, atuar em uma tentativa de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois das eleições presidenciais de 2022.
Esta rodada de depoimentos se refere apenas ao núcleo crucial da tentativa de golpe. De acordo com a PGR (Procuradoria Geral da República), o grupo seria responsável por liderar a organização criminosa que queria impedir a posse de Lula.
Integram o núcleo, além do ex-presidente Bolsonaro:
- Walter Braga Netto, general do Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
- General Augusto Heleno, ex-ministro de Segurança Institucional;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa.
DEPOIMENTOS
A 1ª Turma do STF começou a ouvir em 19 de maio os depoimentos das testemunhas indicadas pelo núcleo crucial da tentativa de golpe. Segundo a PGR, o grupo teria sido o responsável por liderar a organização criminosa.
Depuseram nesta 6ª feira (30.mai) as testemunhas de Anderson Torres, Jair Bolsonaro e Paulo Sérgio Nogueira:
- Ciro Nogueira (PP-PI), senador e ex-ministro da Casa Civil;
- Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), governador de São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura;
- João Hermeto (MDB-DF), deputado distrital e relator da CPI dos Atos Antidemocráticos;
- Ana Paula Marra, secretária-adjunta de Desenvolvimento Social; e
- Espiridião Amin (PP-SC), senador.
Na audiência desta manhã, a defesa de Torres desistiu de ouvir o presidente do PL (Partido Liberal) Valdemar Costa Neto, Ubiratan Sanderson, Marcos Montes, Sandro Nunes Vieira e Saulo Luis Bastos. Todas as oitivas devem ser finalizadas até 2 de junho.
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