O Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, declarou estado de emergência por um período de seis meses em várias zonas deste país africano.
A medida que ainda deve ser aprovada pelo Parlamento, esteve motivada pelo aumento dos confrontos intercomunitários.
Anunciada através de um decreto lido na televisão pública SSBC, a medida encontra-se ainda sem data prevista para a sua apreciação por parte do Parlamento.
O estado de emergência afecta o condado de Mayom, localizado no estado de Unity, e o estado de Warrap, que estão a viver um aumento de confrontos, o qu levou ao envio de aviões militares para tentar conter a situação.
A Constituição sul-sudanesa confere ao Presidente a autoridade para fazer esta declaração, que deve ser apresentada à Assembleia Nacional no prazo de 15 dias, mas este órgão legislativo está em período de pausa e sem data definida para retomar as suas actividades, de acordo com o portal de notícias local Radio Tamazuj.
Apesar da diminuição da violência militar devido à situação política, o país registou um aumento dos confrontos intercomunitários, motivados principalmente pelo roubo de gado e disputas entre pastores e agricultores nas zonas mais férteis do país localizadas nas regiões norte e centro —, especialmente devido ao aumento da desertificação e à deslocação da população.
O Sudão do Sul conta com um Governo de unidade, que começou a funcionar após a concretização do acordo de paz de 2018 entre Kiir e o líder rebelde Riek Machar, que resultou no regresso deste último ao cargo de primeiro vice-presidente do país africano, embora tenha sido colocado em prisão domiciliária em Março devido ao suposto envolvimento do seu partido em combates no nordeste do país.
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