As empresas de pesca em Angola veem-se obrigadas a reduzir significativamente o número de funcionários e de embarcações, devido a crise de recursos marinhos sem precedentes, que se instalou no sector.
Actualmente, uma embarcação moderna não consegue atingir a cifra de 100 toneladas por mês, segundo apura o jornal O PAÍS.
Segundo o engenheiro ambiental e co-fundador da Organização de Conservação Marinha “Guardiões da Costa Mwangolé”, Mauro Ferreira, as pescarias com 12 embarcações foram reduzidas para três e, com isso, a cifra de até 200 operários activos para a descarga e a lavagem do pescado caiu entre 50 a 30 operários, para a preocupação dos pescadores e biólogos marinhos.
“A produção, o índice per capita está muito em baixo. Posso dizer que dentro daquilo que era o índice há 10 anos, está abaixo de 50% ou menos”, desabafou o membro desta organização que tem como escopo a protecção de zonas marinhas e costeiras.
O responsável recordou que antes da crise, o cenário era bastante animador, pois várias embarcações artesanais, semi-industriais ou industriais atracavam carregadas de centenas de toneladas de diversas espécies como o carapau, o malundo, que é a cavala, e a sardinha, realidade que hoje se tornou distante.
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