Seis altos responsáveis militares dissidentes da FLEC relataram esta terça-feira, 15, as dificuldades por que passaram nas matas, ante à indiferença da liderança da organização, que acusa de ter enganado os militares ao longo dos anos.
As declarações foram feitas em conferência de imprensa liderada pelo Chefe do Estado-Maior adjunto e encarregado das Operações da FLEC, Martins Chincoco, que disse igualmente que, os demais dissidentes encontram-se na República Democrática do Congo (RDC) e, desde que o Governo angolano providencie os apoios necessários, viajam para Luanda.
Martins Chincoco, lembrou que quando aderiram à guerrilha separatista, na década de 1970, a finalidade era alcançar a independência de Cabinda, um objectivo que na sua visão já não tem fundamento actualmente.
Por sua vez, o Chefe da Segurança Militar do Estado-Maior da FLEC, Afonso Elisabeth Sumbo, descartou qualquer pressão do Governo para que abandonassem a guerrilha, vincando que a decisão foi tomada livremente.
Já António Gabriel, secretário da Frente Norte do Buco Zau e Necuto, afirmou que a guerrilha trouxe apenas atrasos para a província de Cabinda e para a vida dos próprios soldados, pelo que ambicionam doravante a paz e a reintegração na sociedade.
Participaram igualmente da conferência de imprensa o comandante da Região Militar do N´kuto, João Xerife, o chefe da Segurança, Alberto Bakibakila, e o comandante da 4ª Região da Frente Sul, Francisco Candue.
A Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) é uma guerrilha separatista que luta pela independência da província de Cabinda.
O conteúdo Dissidentes da FLEC acusam a organização de ter enganado os militares ao longo dos anos aparece primeiro em Correio da Kianda – Notícias de Angola.
Deixe um comentário