No dia 25 de novembro, o Rio de Janeiro se transforma no palco de um dos maiores eventos culturais: o maior Festival de Acarajé ao ar livre, realizado na Praça Mauá. Essa celebração destaca o acarajé, patrimônio cultural afro-brasileiro, e as baianas que mantêm viva essa tradição. Saiba mais sobre essa história e os sabores únicos que conquistam paladares de todo o mundo.
A História do Acarajé: Da África para o Brasil
O acarajé, originalmente um alimento religioso da África Ocidental, chegou ao Brasil no século XIX por meio das baianas, descendentes de escravizados. Feito com feijão-fradinho, a massa é modelada e frita no óleo de dendê, resultando em uma casca crocante e um interior macio. Depois, é recheado com vatapá, camarão seco e, em algumas versões, salada de tomate ou pasta de quiabo.
A riqueza de sabores reflete uma história de resiliência e tradição. Para saber mais sobre o valor cultural do acarajé, confira este artigo do IPHAN, que destaca a preservação desse patrimônio imaterial.

As Baianas e Sua Luta por Reconhecimento
As baianas de acarajé, símbolos da cultura afro-brasileira, enfrentaram desafios históricos, como restrições legais que limitavam a venda de seus produtos. Hoje, graças a regulamentações, elas podem trabalhar livremente, espalhando os sabores de sua arte culinária por toda a cidade.
Maura do Acarajé, uma das protagonistas desse movimento, relembra:
“Antes, trabalhávamos com medo de perder tudo. Hoje, celebramos nossa cultura e mostramos o poder do acarajé.”
Leia mais sobre como as baianas conquistaram seus direitos no aqui.
O Festival: Uma Explosão de Sabores e Cultura
No festival, turistas e moradores têm a oportunidade de experimentar o acarajé e conhecer as baianas de perto. Rafael Souza, um frequentador assíduo, comenta:
“É o sabor do Brasil em uma mordida. Uma mistura incrível de tradições.”
Além da comida, o evento conta com celebrações religiosas, como a missa na Igreja de Santa Rita, que mistura elementos do candomblé e do catolicismo, simbolizando a união entre as culturas africana e brasileira.
Preservando o Patrimônio das Baianas
O trabalho das baianas vai além da culinária. Segundo Letícia Ribeiro, do IPHAN:
“Manter o acarajé como patrimônio cultural imaterial envolve preservar a roupa, o preparo e toda a tradição que o cerca.”
O festival, que também acontece em Salvador, promove a conscientização sobre a importância de apoiar essas mulheres e sua herança cultural. Saiba mais sobre como ajudar em iniciativas de preservação aqui.
O Festival de Acarajé é mais do que um evento gastronômico. É um tributo à força e à resiliência das mulheres afro-brasileiras, ao sabor inconfundível do acarajé e à história que ele carrega. Se estiver no Rio, não perca a chance de participar dessa celebração única!
Deixe um comentário