As relações diplomáticas entre a França e a Argélia atingiram um novo ponto baixo após a recente expulsão de 15 agentes diplomáticos franceses pela Argélia, intensificando uma situação já volátil marcada por desconfiança mútua e medidas de retaliação.
O Ministério das Relações Exteriores da Argélia convocou esta segunda-feira, 12, o encarregado de negócios francês em Argel para informá-lo de que “15 funcionários franceses estavam sendo expulsos por ocuparem cargos irregulares”.
Este movimento segue uma série de acções crescentes entre as duas nações, incluindo expulsões anteriores de diplomatas de ambos os lados.
Entretanto, o ministro das Relações Exteriores da França, condenou a decisão da Argélia como “injustificada”, prometendo uma resposta imediata e proporcional.
Jean-Noël Barrot afirmou ainda uma visita à Normandia que “a saída de agentes em missões temporárias é injustificada e, como fiz no mês passado, responderemos imediatamente e de maneira forte e proporcional”.
As tensões entre os dois países estão fervendo há meses, exacerbadas pelo apoio da França ao plano de autonomia do Marrocos sobre a disputada região do Saara Ocidental – uma postura que a Argélia percebe como uma traição à sua posição de longa data de apoio ao direito do povo saarauí à autodeterminação.
A situação se deteriorou ainda mais em Abril, quando a Argélia expulsou 12 funcionários da embaixada francesa em resposta à prisão de um funcionário consular argelino em Paris.
O funcionário estava supostamente envolvido no sequestro do activista franco-argelino Amir Boukhors, também conhecido como Amir DZ, um crítico do governo argelino. A França retaliou expulsando 12 diplomatas argelinos e chamando de volta seu embaixador de Argel.
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