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Gabão: sondagens apontam líder do golpe militar como favorito nas presidenciais

No Gabão, o brigadeiro-general Brice Oligui Nguema, uma espécie de “homem-forte” desde o golpe de Estado de 2023, é apontado como favorito nas presidenciais deste sábado, 12.

Este facto formaliza assim constitucionalmente o fim da dinastia Bongo, que estava no poder desde 1967.

O presidente Ali Bongo, foi derrubado pelo seu primo, o brigadeiro-general Brice Oligui Nguema, que chegou ao poder depois de liderar um golpe, em 30 de Agosto de 2023, no mesmo dia em que foram anunciados os resultados oficiais das eleições presidenciais daquele país africano.

O derrube de Ali Bongo foi justificado pelos militares, com a manipulação e falta de credibilidade do escrutínio, e Oligui Nguema, em vez de apelar a uma análise independente da contagem dos votos para reconhecer o vencedor legítimo, decidiu nomear-se a si próprio como Presidente de transição.

Entretanto, o processo de normalização da liderança de Oligui Nguema envolveu uma revisão constitucional e um novo código eleitoral, instrumentos que “permitiram à liderança militar manter formalmente o seu controlo sobre o poder”.

O especialista em relações internacionais Adalberto Malú apontou como desafios a integração da governação participativa, e assegurar a legitimidade do seu governo dado como um líder protagonista de um golpe de estado.

Para o analista residente da Rádio Correio da Kianda Eurico Gonçalves, apesar de as sondagens e pesquisas apontarem para uma vitória do brigadeiro-general, as eleições marcadas com restrições na liberdade política com um nível elevado de abstenção.

Adalberto Malú disse ainda que o brigadeiro-general Brice Oligui Nguema terá de combater as desigualdades sociais e a pobreza, reduzindo as disparidades regionais, e que a sua origem franco pode ser um factor de união ou desunião.

O código eleitoral do Gabão incluiu directivas que impediu muitos candidatos da oposição de concorrerem à votação de sábado, designadamente impondo o limite de idade de 70 anos que atingiu Albert Ossa, o candidato derrotado por Ali Bongo em 2023.

O Gabão é independente da França em 1960, o Gabão passou a ser governado desde 1967 pela família Bongo: primeiro por Omar Bongo (1967-2009) e depois pelo filho, Ali Bongo (2009-2023).

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