Filho de brasileiros, ex-deputado dos Estados Unidos recebeu sentença por enganar doadores e usar identidades falsas em sua campanha
George Santos, ex-deputado do Partido Republicano nos Estados Unidos, foi condenado a 87 meses – ou 7 anos e 3 meses – de prisão por fraude e roubo de identidade. A sentença foi proferida pela juíza Joanna Seybert do Tribunal Distrital dos EUA nesta 6ª feira (25.abr.2025.
Santos admitiu ter enganado doadores e utilizado identidades de quase uma dúzia de pessoas, incluindo familiares, para financiar sua campanha. O ex-político de Nova York, que serviu no Congresso por pouco mais de 1 ano antes de ser expulso em 2023, se declarou culpado de fraude eletrônica e roubo de identidade agravado.
Como parte de um acordo de confissão, concordou em pagar cerca de US$ 580 mil em penalidades. Santos, durante o julgamento, expressou remorso e pediu clemência, afirmando estar “humilhado” e “castigado” por suas ações.
A promotoria, no entanto, citou postagens recentes nas redes sociais em que Santos se colocava como vítima. O promotor Ryan Harris trouxe à discussão os problemas de saúde de alguns afetados, incluindo de uma mulher com problemas cerebrais e 2 homens octogenários com demência.
Antes de sua eleição em 2022, Santos coletou benefícios de desemprego enquanto trabalhava para uma empresa na Flórida. Uma vez eleito, copatrocinou legislação destinada a combater fraudes no desemprego. A defesa pediu uma pena mínima de 2 anos, o mínimo obrigatório para roubo de identidade agravado, descrevendo George Santos como uma pessoa “calorosa, gentil, atenciosa e reflexiva”.
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