A inclusão de Angola, esta terça-feira, 10 de Junho, na lista negra do Grupo de Acção Financeira (GAFI) para países com deficiência estratégia no combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo “representa um revés para o país”, de acordo com o economista Nataniel Fernandes.
A inserção surge após uma avaliação técnica completa, baseada em critérios específicos e numa metodologia bem definida, incorporando informações recolhidas pelo GAFI, diálogos bilaterais e visitas in loco às jurisdições em causa, segundo o órgão executivo da União Europeia.
Esta actualização assume a forma jurídica de um regulamento delegado, que entrará em vigor após o escrutínio e a não objecção do Parlamento Europeu e do Conselho no prazo de um mês e que pode ser prorrogado por mais um mês, segundo a Comissão Europeia. O Governo Angolano recebeu um aviso sobre esta actualização.
Para Nataniel Fernandes, a notícia representa uma desgraça para o país, uma vez que causará prejuízos as relações internacionais, sobretudo com os países afectos a União Europeia, que poderão ser mais diligentes e restritos nas relações comerciais com Angola.
“É um revés que nos atinge em várias áreas. Isto encarece os negócios.
Os bancos europeus correspondentes dos bancos angolanos vãos ter aqui algumas restrições, além daquelas que vão dificultar as transacções com o estrangeiro”, referiu o especialista.
O economista disse também que a simples questão de reputação do Angola afastará por completo várias entidades financeiras internacionais. Por esta razão, o especialista sugere a feitura de um plano emergente com vista a retirar o país da lista destes países de alto risco de terrorismo e branqueamento de capitais.
Foram acrescentadas à lista, especialmente no que diz respeito à luta contra o branqueamento de capitais (BLC) e o financiamento do terrorismo (CFT): Argélia, Costa do Marfim, Quénia, Laos, Líbano, Mónaco, Namíbia, Nepal e Venezuela.
Outras jurisdições foram retiradas da lista, informa a Comissão Europeia: Barbados, Gibraltar, Jamaica, Panamá, Filipinas, Senegal, Uganda e Emirados Árabes Unidos.
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