Gabinete israelense votou a favor da medida que determina a expansão das operações militares no território palestino por tempo indeterminado
O governo de Israel aprovou nesta 2ª feira (5.mai.2025) planos para capturar toda a Faixa de Gaza e permanecer no território palestino por tempo indeterminado. A estratégia visa a ampliar as operações militares na região, onde as forças israelenses já controlam aproximadamente 50% do território, segundo informações da Associated Press.
O gabinete israelense votou a favor da medida na madrugada, horas depois do chefe militar convocar dezenas de milhares de reservistas. O plano é elaborado para ajudar Israel a alcançar seus objetivos de guerra, que incluem derrotar o Hamas e libertar os reféns mantidos em Gaza.
A estratégia também estabelece a transferência de centenas de milhares de palestinos para o sul de Gaza, o que poderia agravar a crise humanitária na região. Oficiais israelenses afirmaram que o plano inclui a “captura da faixa e a ocupação de territórios”.
Além disso, Israel anunciou um novo plano para controlar a distribuição de ajuda humanitária em Gaza, usando empresas de segurança privada e tecnologia de reconhecimento facial. A estratégia busca impedir que o Hamas distribua ajuda humanitária. Segundo Israel, o auxílio fortalece o domínio do grupo em Gaza.
No entanto, de acordo com um oficial da área de defesa, a implementação da estratégia de expansão não terá início até que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), conclua sua visita ao Oriente Médio ainda em maio.
Ataques se intensificam
Desde que Israel encerrou o cessar-fogo com o Hamas em 18 de março, o país intensificou ataques ao território palestino. A ofensiva israelense deslocou mais de 90% da população da Faixa de Gaza de suas casas.
Os ataques são estratégias para a ocupação principalmente das chamadas “zonas de segurança” dentro da região e a manutenção de um bloqueio rigoroso, que limita a entrada de alimentos e bens essenciais aos moradores da região.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), defende as ações como necessárias para a segurança nacional.
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