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Juiz reduz pena dos irmãos Menendez depois de 30 anos na prisão

Condenados pelo assassinato dos pais em 1989, Erik e Lyle tiveram sentença de prisão perpétua substituída por pena de 50 anos em Los Angeles

Um juiz de Los Angeles modificou a sentença de Erik e Lyle Menendez, condenados pelo assassinato dos pais em 1989. Na 3ª feira (13.mai.2025), o magistrado substituiu a prisão perpétua por uma pena de 50 anos, tornando os irmãos elegíveis para liberdade condicional após já terem cumprido mais de 30 anos de reclusão.

A revisão da sentença aconteceu depois que o juiz considerou que, conforme diretrizes atuais, os irmãos poderiam receber uma nova determinação judicial. Durante a audiência, o magistrado avaliou o comportamento dos condenados no período de encarceramento e ouviu depoimentos de familiares favoráveis à libertação.

Erik e Lyle sempre admitiram ter matado os pais, mas alegaram legítima defesa depois de anos de abuso sexual. O MP (Ministério Público) se posicionou contra a redução da pena, enquanto defensores e familiares dos Menendez sustentaram que eles merecem uma nova oportunidade.

Na audiência realizada em Los Angeles, Erik expressou seu arrependimento: “Eu tive que parar de ser egoísta e imaturo para realmente entender o que meus pais passaram naqueles últimos momentos”. Ele descreveu o “choque, a confusão e a traição” que seus pais devem ter sentido.

Lyle Menendez, com a voz embargada, referiu-se às suas ações como “incompreensíveis” e dirigiu-se à família: “Eu menti para vocês e os coloquei sob os holofotes da humilhação pública”. Ele mencionou que os familiares “choraram comigo e expressaram seu sofrimento” e, mesmo assim, decidiram perdoá-lo.

O juiz classificou o trabalho dos irmãos na prisão como “notável”. Anamaria Baralt, prima dos Menendez, afirmou que a família estava eufórica com a decisão, mas reconheceu que “é um processo difícil”. Ela acrescentou que os irmãos “entrarão ansiosamente por essas portas se isso significar que poderemos levá-los para casa” e que merecem uma “2ª chance na vida”.

Baralt, próxima dos irmãos desde a infância, declarou ao juiz: “Tem sido um pesadelo. Estou desesperada para que este processo acabe.” Ela também mencionou que “eles são homens muito diferentes dos meninos que eram.”

O MP se opôs à libertação, questionando o histórico de mentiras dos irmãos sobre os assassinatos. O promotor adjunto Habib Balian reconheceu: “Não há dúvida de que eles fizeram todas essas coisas positivas na prisão”, mas acrescentou que é importante “garantir que eles sejam verdadeiramente reabilitados.”

Os promotores argumentaram que os irmãos continuaram a “dar desculpas” por sua conduta, em vez de assumirem total responsabilidade. O promotor público do Condado de Los Angeles, Nathan Hochman, apontou para uma “ladainha de mentiras” às quais os irmãos se apegaram desde os crimes, incluindo suas alegações de legítima defesa.

Um relatório de avaliação solicitado pelo governador Gavin Newsom concluiu que os irmãos representam um “risco moderado” para o público caso sejam libertos. O próximo passo será a avaliação pelo conselho de liberdade condicional da Califórnia.

Uma nova audiência está agendada para 13 de junho. O governador Newsom analisa separadamente um pedido de clemência dos irmãos, que pode resultar em pena reduzida ou perdão. O advogado dos Menendez, Mark Geragos, declarou aos repórteres que estão a “um passo de trazer os meninos para casa”.

O caso dos irmãos Menendez, que mataram Kitty e Jose Menendez na sala de estar da mansão da família em Beverly Hills, inspirou livros e documentários. Recentemente, voltou aos holofotes depois de um novo drama da Netflix e o lançamento de um documentário, atraindo a atenção de celebridades como Kim Kardashian e Rosie O’Donnell, que pediram a libertação dos irmãos.



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