No Mali, a junta militar que governa o país anunciou esta quarta-feira, 14, a dissolução de todos os partidos políticos e organizações de carácter político no país.
A medida foi comunicada ao país por intermédio de uma declaração lida pelo ministro das Reformas Políticas, na televisão estatal.
Mamani Nassire afirmou que “os partidos políticos e as organizações de carácter político são dissolvidos em todo o território nacional, e é proibido aos membros dos partidos políticos e das organizações políticas dissolvidas realizar qualquer reunião”, declarou o ministro.
A decisão, que apanhou de surpresa a comunidade internacional, surge num contexto de crescente repressão contra vozes dissidentes no país.
Pelo menos nas últimas semanas, foram reportados vários sequestros de activistas pró-democracia em Bamako, capital do Mali, ao mesmo tempo que se intensificavam os protestos que exigem a realização de eleições livres e multipartidárias.
De imediato vários políticos condenaram a decisão, como o caso de Moussa Mara, antigo primeiro-ministro maliano, que recorreu à rede social X (antigo Twitter) para expressar o seu descontentamento, afirmando ser “um duro golpe para o processo de reconciliação iniciado no ano passado”.
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