Tidjane Thiam, líder do principal partido de oposição da Costa do Marfim, foi removido da lista eleitoral para as eleições presidenciais de 25 de Outubro.
Na terça-feira, 22 de Abril, o tribunal decidiu que Thiam havia perdido a sua nacionalidade marfinense, uma decisão definitiva e inapelável.
Segundo o seu advogado, Me Ange Rodrigue Dadjé, o tribunal determinou que o líder do principal partido de oposição da Costa do Marfim perdeu a sua nacionalidade marfinense quando adquiriu a cidadania francesa e, portanto, deferiu o pedido de remoção do cadastro eleitoral.
Para os seus apoiantes esta decisão é uma manobra política para bloquear a sua candidatura, citando o Artigo 48 do Código de Nacionalidade da década de 1960, que estabelece que a aquisição de outra nacionalidade resulta na perda da nacionalidade marfinense. No entanto, essa regra não se aplica a pessoas com dupla nacionalidade de nascimento.
A equipa jurídica de Thiam apresentou evidências mostrando que ele também é francês de nascimento, por parte de pai, porém o tribunal rejeitou esse argumento. A equipa de Thiam condenou o que eles descrevem como “manobras” do governo para impedir sua candidatura ao cargo.
A nacionalidade tem sido uma questão fundamental na campanha de Thiam há meses. Nascido na Costa do Marfim, Thiam adquiriu a cidadania francesa em 1987, mas renunciou a ela em Março para atender aos requisitos de elegibilidade para a presidência, já que os candidatos não podem ter dupla nacionalidade.
Outras figuras da oposição, incluindo o ex-presidente Laurent Gbagbo, seu aliado Charles Blé Goudé e o ex-primeiro-ministro Guillaume Soro, também foram removidos da lista eleitoral devido a questões legais.
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