Foi aprovado pelo Conselho de Ministros do Mali, um projecto de lei a propor que o líder da junta militar, general Assimi Goita, seja nomeado Presidente durante pelo menos cinco anos, sem eleições.
Através de um comunicado, o Conselho de Ministros, que se reúne semanalmente e é liderado pelo presidente avança que “a medida aprovada esta quarta-feira, 11, prevê a concessão ao chefe de Estado de um mandato renovável de cinco anos a partir de 2025”.
O texto deverá agora ser examinado pelo Conselho Nacional de Transição, o órgão legislativo instituído pela junta depois de ter tomado o poder.
O projecto de lei reforça o controlo do regime sobre o país.
A junta liderada por Goita está no poder desde dois golpes de Estado, em 2020 e 2021, e não cumpriu o compromisso que tinha assumido de ceder o lugar a civis eleitos, até Março de 2024.
No final de Abril, uma consulta nacional, organizada pela junta, tinha recomendado a concessão ao general de um mandato presidencial, suficiente para o manter no poder pelo menos até 2030.
A consulta, boicotada pela maioria dos partidos políticos do país, recomendou a “suspensão de todas as questões eleitorais” até ao que descreveu como a pacificação do Mali.
Desde 2012 que o Mali é assolado pela violência de grupos terroristas afiliados à Al-Qaida e ao Estado Islâmico, bem como por grupos comunitários e criminosos.
A mesma consulta nacional também recomendou a dissolução de todos os partidos e o endurecimento das condições para a sua criação, na mais recente de uma série de restrições às liberdades tomadas pelos militares.
Em 13 de Maio, a junta anunciou a dissolução das formações políticas e das organizações de carácter político no país.
Os seus membros também foram proibidos de se reunir pelos militares.
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