Designado recentemente pela União Africana como mediador para o conflito no Leste da República Democrática do Congo, o Presidente da República do Togo chega esta quarta-feira, 16, a Luanda, no “quadro do referido processo”, segundo comunicado da Presidência a qual o Correio da Kianda teve acesso.
De acordo com a nota, o presidente Faure Essozimna Gnassingbé vai reunir-se com o Presidente em exercício da União Africana, João Lourenço.
Conforme noticiado anteriormente por este jornal, equipas de negociação da República Democrática do Congo (RDC) e o grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23) estiveram, na última semana, outra vez em Doha, no Qatar, para negociação da paz, sob mediação daquele país anfitrião.
Já antes, o presidente da RDC, Félix Tshisekedi; e o seu homólogo do Ruanda, Paul Kagame, estiveram reunidos em Março, no Qatar, sob mediação do emir Tamim bin Hamad Al Thani.
Da referida reunião, sabe-se que os dois líderes africanos reafirmaram o empenho num cessar-fogo “imediato e incondicional”.
Entretanto, essa opção de se recorrer a líderes de fora do continente para a solução dos problemas internos, contrastam com a posição manifestada por João Lourenço, igualmente presidente da União Africana, que, nesta semana, diante da presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan, que esteve de visita a Angola por dois dias, sublinhou que competia apenas à União Africana “indicar, acompanhar e apoiar a mediação” dos conflitos em África, em estreita colaboração com o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
Segundo dados da ONU, pelo menos cem mil cidadãos da República Democrática do Congo fugiram para países vizinhos, em menos de três meses, devido ao conflito no leste do país, que opõe os rebeldes do M23, apoiados, alegadamente pelo Ruanda, ao Governo congolês, numa disputa pelo controlo da região rica em minérios.
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