Milhares de nigerianos fugiram das suas casas após um ataque de homens armados, que causou dezenas de mortos na sexta-feira, em Yelewata, no estado de Benue.
As informações foram avançadas hoje pela Agência Nacional de Socorro da Nigéria. No domingo, “o número de pessoas deslocadas ascendia a 1.069 famílias, ou seja, 6.527 pessoas”.
Entre esses deslocados, “mais de 3.000, incluindo muitas mulheres e crianças, precisam urgentemente de alimentos, água potável e suprimentos médicos essenciais”, acrescentou.
Na noite de sexta-feira para sábado, homens armados mataram várias dezenas de pessoas em Yelewata, no centro do país, região que vive um recrudescimento da violência há vários meses entre criadores de gado muçulmanos fulani e agricultores sedentários, principalmente cristãos, pelo controlo das terras e dos recursos.
“O número de vítimas permanece incerto devido à instabilidade da situação de segurança e ao acesso limitado às zonas afetadas. De acordo com os primeiros relatórios, o número de mortos ascenderia a mais de 100 pessoas”, explicaram responsáveis da NEMA.
O balanço oficial divulgado no domingo à noite pelo governador do Estado de Benue, dava conta de 59 mortos. Por seu lado, os habitantes de Yelewata declararam no sábado à agência France-Presse (AFP) que “pelo menos 100 pessoas” morreram durante este ataque.
A agência de socorro também mencionou a morte de dois soldados e um oficial da defesa civil durante o ataque.
A NEMA, a Cruz Vermelha, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) criaram um novo campo para acolher os deslocados na cidade de Makurdi, a capital regional.
Os ataques nesta região assumem frequentemente uma dimensão religiosa ou étnica.
A apropriação de terras, as tensões políticas e económicas entre os sedentários e aqueles que são considerados estrangeiros, bem como o afluxo de pregadores muçulmanos e cristãos extremistas, acentuaram as divisões.
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