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Ministro Borges diz ser “paradoxo” Angola ser rica em fontes energéticas e ter milhões de cidadãos vivendo às escuras

O Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, afirmou nesta segunda feira, 19, que Angola vive num paradoxo, por ser um “país rico em fontes energéticas”, onde “milhões ainda vivem às escuras”.

“Angola é uma nação rica em recursos. Temos petróleo, gás, rios vigorosos e sol durante todo o ano. Mas, acima de tudo, temos um povo resiliente e uma juventude com sede de progresso”, começou, por afirmar, o governante, quando procedia ao discurso de abertura do ‘Fórum e Debates Juvenis 2025’, organizado pelo Conselho Nacional da Juventude, em Luanda.

Segundo o ministro João Baptista Borges, em Angola “enfrentamos um paradoxo: num país rico em fontes energéticas, milhões ainda vivem às escuras.
A realidade mostra-nos que grande parte da nossa população, sobretudo nas zonas rurais, ainda vive sem acesso à electricidade”.

Sobre a distribuição da corrente eléctrica, o ministro da Energia e Águas referiu que as zonas rurais continuam a não ter acesso a electricidade, pelo que actualmente menos de 10% das populações rurais têm acesso à energia eléctrica, enquanto nas áreas urbanas esse número ronda os 50%.

“Essa disparidade acentua as desigualdades sociais e limita as oportunidades de crescimento económico fora dos grandes centros. Onde não há energia, falta produção, saúde, educação e esperança”, observou.

João Baptista Borges afirmou ainda que o sector que dirige dabate-se com vários problemas, onde se destacam a infra-estrutura eléctrica antiga e degradada, a dependência excessiva de fontes fósseis, com impactos ambientais e financeiros, as perdas comerciais, alimentadas por ligações ilegais e défices de gestão, bem como a limitação da capacidade de transmissão, impedindo a energia gerada em Laúca ou Cambambe e outros pontos electroprodutores de chegar a todas as províncias.

Entretanto, o ministro assegurou que o seu pelouro está a mudar esta situação, visto que o Plano Angola Energia 2025, permitiu a inauguração da Barragem de Laúca, com 2.070 MW, considerada como um marco histórico na capacidade de geração de energia em Angola.

Outro elemento a indicar desta mudança é, de acordo com João Baptista Borges, a interligação dos sistemas Norte, Centro e Sul, prevista para este ano, que segundo fez saber, permitirá uma gestão mais eficiente da rede.

Sobre a electrificação das zonas rurais, o ministro garantiu estarem em curso, investimentos em energia solar e em mini-hídricas, numa primeira fase no Cunje, no Bié e na Matala, província da Huíla.

“Estes não são apenas números. São aldeias com luz. São oficinas com máquinas a funcionar. São escolas abertas à noite. São sonhos que se acendem”, sublinhou.

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