Em Moçambique, o presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), pediu união à volta da história do partido, alertando que as desavenças públicas, incluindo ocupação da sede e delegações pelos antigos guerrilheiros, abrem espaço para os opositores “fragilizarem” a formação política.
De acordo com Ossufo Momade, em declarações no encerramento, na noite desta quarta-feira, 04, em Maputo, da conferência nacional da Associação dos Combatentes da Luta pela Democracia (Acolde), divulgadas entretanto pelo partido “ficou evidente que temos de manter a nossa rica história deste nosso partido que é actor incontornável no panorama político nacional”.
O político afirmou ainda que “manter a Renamo unida não custa para continuarmos a ganhar eleições”.
A conferência nacional da Acolde da Renamo foi convocada “com caráter de urgência”, em 23 de maio, pela comissão política do partido, após mais de meia centena de antigos guerrilheiros terem acampado na sede para forçar a demissão de Ossufo Momade por alegada “má gestão”, falta de pagamento de pensões e subsídios e falta do fundo de funcionamento da formação política.
O grupo instalou-se na sede da Renamo na cidade de Maputo, capital de Moçambique, em 15 de maio, mas foi retirado a 28, com recurso a tiros e gás lacrimogéneo pela Unidade de Intervenção Rápida moçambicana, pouco horas depois de ocupar também o gabinete do presidente da agora terceira força parlamentar.
Ossufo Momade, ao dirigir-se aos antigos guerrilheiros, voltou a criticar o encerramento da sede e delegações do partido, classificando as ações como “ilegítimas” e pediu fim de tido o que, disse, promove discórdia dentro da formação.
Na abertura deste encontro, Ossufo Momade disse que o encerramento das delegações e ocupação da sede pelos antigos guerrilheiros é uma “grosseira afronta” aos princípios do partido moçambicano, na sua primeira aparição pública em mais de três meses.
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