Dados revisados do Ministério da Saúde mostram redução em 2024, após pico no ano anterior
O Ministério da Saúde registrou em 2024 uma redução de 21% nas mortes de indígenas Yanomami, em Roraima, na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados pelo governo na 2ª feira (5.mai.2025).
Conforme indicado no Informe 7 do COE (Centro de Operações de Emergências) Yanomami, a queda foi mais acentuada nas mortes por infecções respiratórias (47%), malária (42%) e desnutrição (20%). Eis a íntegra (PDF – 1 MB).
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Por causa de um atraso no registro de óbitos pela Siasi (Sistema de Informações da Atenção à Saúde Indígena), o Ministério da Saúde também revisou e atualizou o número de mortes de Yanomami em 2023. Anteriormente, eram contabilizados 363 óbitos, número que aumentou para 428 ocorrências após novas consultas.
No ano passado, o número de profissionais de saúde na região aumentou 158%, passando de 690 no início de 2023 para 1.781 atualmente. As 1.091 novas contratações foram viabilizadas pela AgSUS (Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde) e pela expansão do Programa Mais Médicos, que hoje conta com 45 médicos trabalhando no território.
Os óbitos evitáveis por intervenção de saúde diminuíram 26% no período analisado. De acordo com o Ministério da Saúde, foram investidos R$ 256 milhões em 2024 para recuperar e melhorar a infraestrutura de estabelecimentos de saúde no território indígena – localizado nos Estados do Amazonas e Roraima.
A reabertura de 7 polos bases que estavam fechados por causa da insegurança causada pelo garimpo ilegal permitiu atender 5.224 indígenas nos polos de Kayanaú, Homoxi, Hakoma, Ajaraní, Haxiú, Xitei e Palimiú. Até abril de 2025, todas as unidades foram retomadas.
A desnutrição grave entre crianças Yanomami menores de 5 anos reduziu de 24,2% em 2023 para 19,2% em 2024. Atualmente, 50% das crianças Yanomami estão com peso ideal.
O número de admissões na Casai (Casa de Saúde Indígena) em Boa Vista (RR) diminuiu de 4.013 em 2023 para 2.837 em 2024. O Ministério da Saúde concluirá em setembro a construção do Centro de Referência em Saúde Indígena de Surucucu, 1º hospital de atenção especializada em território indígena.
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