Cinara Fredo, que era secretária-geral adjunta no órgão, substitui Luiz Henrique Pochyl; ela foi diretora de Benefícios do INSS
O ministro da Defesa, José Múcio, nomeou Cinara Fredo como sua nova número 2 no órgão. Ela substitui Luiz Henrique Pochyly, que estava no cargo de secretário-geral desde 2023. É a 2ª mulher a ocupar o cargo.
Fredo já era a adjunta de Pochyly na Secretaria-Geral da Defesa, órgão criado em 2013 durante a gestão de Celso Amorim no governo Dilma Rousseff (PT). Ela foi diretora de Benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) de abril de 2014 a julho de 2016, quando assumiu a Secretaria-Executiva Adjunta do Ministério da Previdência.
A nomeação, assinada por Múcio e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi publicada na edição desta 3ª feira (3.jun.2025) do DOU (Diário Oficial da União). Leia a íntegra do documento (PDF – 334 kB).
Bacharel em direito e mestre em administração pública pela FGV (Fundação Getulio Vargas), Fredo teve passagens em postos no Ministério da Fazenda do governo Michel Temer (MDB) e nos ministérios da Economia e da Cidadania de Jair Bolsonaro (PL).
Entre as atribuições da Secretaria-Geral da Defesa estão a assessoria do ministro da Defesa na supervisão e na gestão administrativa e estratégica e também em uma série de coordenações, como a do Programa Calha Norte. Estão subordinados à secretária-geral o Censispam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia), a Secretaria de Orçamento e Organização Institucional, entre outras.
HISTÓRICO
Com a escolha, o cargo de secretário-geral da Defesa continua em mãos civis. Durante a gestão de Bolsonaro, 3 militares ocuparam o posto, entre eles o almirante Almir Garnier, um dos réus acusados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e pela PF (Polícia Federal) de participar de uma tentativa de golpe de Estado.
Os outros 2 foram o general Sérgio José Pereira, principal interlocutor de Múcio durante a transição de governo, e o tenente-brigadeiro Carlos Augusto Amaral Oliveira, nomeado ainda durante a presidência de Temer.
O general Joaquim Silva e Luna, indicado durante o governo de Dilma, permaneceu quase 3 anos no posto, antes de assumir o Ministério da Defesa de Temer, em 2018.
Fredo não é a 1ª mulher a ocupar o cargo: o então ministro Jaques Wagner (PT) já havia nomeado Eva Maria Chiavon secretária-geral da Defesa, para substituir Ari Matos Cardoso, o 1º no posto.
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