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Nos 23 anos de paz, UNITA ″rejeita categoricamente″ participar em galas festivas ″enquanto compatriotas morrem de fome e de doenças evitáveis″

NJ

4 de Abril 2025 às 10:55

“O secretariado executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA declara, nos termos mais categóricos, que enquanto Álvaro Holden Roberto e Jonas Malheiro Savimbi não forem reconhecidos em igual dimensão histórica como pais da independência e heróis nacionais, a UNITA não vai participar nos actos comemorativos do quinquagésimo aniversário da independência nacional”, diz uma declaração política em alusão ao dia da Paz e Reconciliação Nacional que esta sexta-feira, 04, se assinala.

O principal partido da oposição diz que rejeita “categoricamente” participar em galas festivas “enquanto compatriotas morrem de fome e de doenças evitáveis como a cólera, os hospitais continuarem sem fundos de funcionamento e milhares de crianças continuarem a disputar migalhas nos contentores de lixo.”

“O secretariado executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA insta todos os patriotas angolanos a envolverem-se no sentido da recuperação do espírito de paz e da genuína reconciliação nacional, razão do simbolismo do 04 de Abril, visivelmente adiado quando celebramos 50 anos de independência nacional”, diz o documento.

De acordo com a UNITA, a independência, a paz, a democracia, a reconciliação nacional e o desenvolvimento “são uma construção e conquistas de heróis e mártires, de sacrifícios incontáveis de filhos de Angola, cuja obra está registada na nossa história e inspiraram a acção das forças nacionalistas que se bateram contra o colonialismo português em Angola”.

Refira-se que o município do Luau, província do Moxico Leste, acolhe o acto central dos 23 anos da paz em Angola, a assinalar-se esta sexta-feira, 4 de Abril, sob orientação da vice-presidente da República, Esperança da Costa

Angola celebra o Dia da Paz e Reconciliação Nacional nesta data, porque foi no dia 4 de Abril de 2002 que as chefias militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) e das ex-forças da UNITA (FALA) rubricaram o Memorando de Entendimento do Luena, complementar aos Acordos de Lusaka, colocando fim a 27 anos de conflito armando.

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