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Novo Papa é formado em matemática; leia seu currículo

Leão 14 estudou em universidade augustiniana católica; pontífice também tem doutorado em direito canônico

O norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, é o líder da Igreja Católica. O novo papa adotou o nome Leão 14. O cardeal foi eleito nesta 5ª feira (8.mai.2025), no 2º dia do conclave, depois de 4 votações.

Antes de se tornar líder da Igreja Católica, o pontífice investiu em seus estudos. Frequentou o 1º Seminário Menor dos Padres Agostinianos, e depois ingressou no ensino superior.

Em 1977, se formou em matemática pela Villanova University, na Pensilvânia. A instituição se descreve como a “única universidade augustiniana católica” dos EUA. O novo papa também estudou filosofia no decorrer de sua graduação, mas não recebeu diploma da área.

No mesmo ano da sua graduação, ingressou no noviciado da OSA (Ordem de Santo Agostinho) em St. Louis, na província “Nossa Senhora do Bom Conselho”.  Na ordem, fez sua primeira profissão, e emitiu seus votos solenes.

Em 1982, graduou-se em teologia pela Catholic Theological Union em Chicago. Aos 27 anos, foi enviado a Roma para estudar direito canônico na Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino. Lá, obteve sua licenciatura em 1984 e doutorado em 1987 sobre o mesmo campo de estudo. Sua tese de doutorado foi sobre o papel do prior local da Ordem de Santo Agostinho.

Leão 14 conciliou os estudos com a ordem sacerdotal que recebeu do Dom Jean Jadot, então pró-presidente do Pontifício Conselho para os Não Cristãos, em 1982. Atuou no Colégio Agostiniano de Santa Mônica até 1985.

MUDANÇA DE PAÍS

Prevost foi enviado à cidade de Piura, no Peru, em missão augustiniana, em 1985. Ficou lá por 1 ano. Depois, foi nomeado diretor de Vocações e de Missões da Província “Mãe do Bom Conselho” em Olympia Fields, cidade de Illinois.

A partir de 1988, se mudou para Trujillo, no Peru, para assumir o cargo de diretor do projeto de formação comum voltado a aspirantes agostinianos. Nos 11 anos seguintes, foi prior da comunidade, diretor de formação e formador dos professos. Depois, na arquidiocese de Trujillo, foi vigário judicial e professor de direito canônico.

Ao mesmo tempo, se encarregou do cuidado pastoral da Nossa Senhora Mãe da Igreja, que fica na periferia da cidade. Pela sua atuação no país sul-americano, recebeu cidadania peruana.

RETORNO

Em 1999, voltou aos Estados Unidos depois de ser eleito prior da Província Agostiniana “Mãe de Bom Conselho”, em Chicago. 2 anos depois, foi escolhido como prior general. Cumpriu seus 2 mandatos no posto até 2013.

Prevost voltou para a sua província em outubro do mesmo ano, e assumiu o cargo de diretor de formação no convento de Santo Agostinho. Também foi conselheiro e vigário provincial.

Nomeado por Francisco, tornou-se administrador apostólico da diocese peruano de Chiclayo em 2014. A indicação o aproximou da dignidade episcopal como bispo titular de Sufar. No ano seguinte, recebeu o título de bispo. Em 2018, foi eleito 2º vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana.

O então papa também o incluiu na congregação para o clero e, no ano seguinte, na congregação para os bispos. Francisco o convocou para Roma como arcebispo em 2023. Desde então, Prevost ficou no Vaticano.

Durante a hospitalização de Francisco, Prevost conduziu em 3 de março deste ano a oração pública pela saúde de Francisco

ESCOLHA DO NOVO PAPA

Os 133 cardeais com direito de voto iniciaram na 4ª feira (7.mai.2025) o conclave, processo de escolha do 267º papa. Eles ficaram isolados na capela Sistina, no Vaticano, durante toda a votação até chegarem a um consenso sobre o sucessor do papa Francisco, que morreu em 21 de abril, aos 88 anos.

São necessários ⅔ dos votos para que um cardeal se torne papa. E não havia um limite de votações.

Na 4ª feira (7.mai), às 5h (horário de Brasília), foi celebrada a missa que antecedeu a única votação do dia. Durante a homilia, o cardeal decano Giovanni Battista Re fez um apelo para que os cardeais recebessem inspiração divina e pudessem escolher um papa de que a humanidade precisa.

No mesmo dia, às 11h30, os cardeais se reuniram na capela Paulina, dentro do complexo do Vaticano, para rezar a Ladainha de Todos os Santos. Em seguida, caminharam até a capela Sistina e prestaram juramento de fidelidade ao processo de absoluto sigilo.

Após o juramento, foi feita a tradicional ordem “Extra omnes” —que determina a saída de todos os não envolvidos no conclave. Depois, por volta das 12h45, a capela Sistina foi trancada pelo monsenhor Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, e teve início a votação da escolha do novo papa. A capela também ficou fechada para visitação.

Foram preparados cerca de 200 quartos em duas casas de hóspedes para os cardeais. Os aposentos têm uma cama, uma mesa de cabeceira e um armário. Janelas que dão vista para locais externos do palácio foram fechadas temporariamente para evitar que os cardeais fossem afetados por elementos externos ao conclave.

A partir do 2º dia de conclave, os cardeais votaram 4 vezes por dia: duas pela manhã e duas à tarde (no horário de Roma). Antes de cada turno de votação, os cardeais tinham que repetir o juramento.

Depois da contagem dos votos, todas as cédulas eram queimadas ao final de cada rodada. A cor da fumaça indicava o resultado. Se fosse preta, significava que não havia definição; se fosse branca, um novo papa havia sido eleito.

O conclave não tem duração definida. Ele poderia durar vários dias ou até semanas. Na eleição de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, os cardeais demoraram 2 dias para chegar a um consenso. Os últimos 5 conclaves não ultrapassaram 3 dias de votação. A eleição mais longa durou 2 anos e 10 meses, no ano de 1268.

 



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