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O que esperar politicamente do novo Papa?

Apesar de o processo de eleição do mais importante líder católico ser espiritual, o conclave que o elege segue igualmente uma perspectiva política em que olha para a experiência diplomática do candidato, a capacidade de liderança, bem como a sua visão sobre os rumos da Igreja em um mundo em constante mudança. Por exemplo, o Papa João Paulo II teve influência no aprofundamento da democracia na Europa, e a queda da URSS.

O mundo está em chamas, da Europa ao Médio Oriente – Ásia e África. As guerras estão em todo o lado a somar mortes e destruição de infra-estruturas. E nenhuma voz essencialmente política, independentemente do seu poder pessoal ou de seu país, está a ser suficientemente capaz para pôr termo a esse mal.

Esse imbróglio mundial, em que os líderes globais como Donald Trump, Vladimir Putin, Xi Jinping, e organizações como a ONU, se revelam incapazes de pôr termo à presente confusão, acaba por tornar mais expectante a eleição do novo Papa.

Portanto, apesar de o processo de eleição do mais importante líder católico ser espiritual, o conclave que o elege segue igualmente uma perspectiva política em que olha para a experiência diplomática do candidato, a capacidade de liderança, bem como a sua visão sobre os rumos da Igreja em um mundo em constante mudança.

Como o Correio da Kianda publicou ontem, o Presidente angolano João Lourenço não só saudou a eleição do Robert Francis Prevost, agora Leão XIV, como também manifestou o desejo de o novo líder católico poder contribuir para a paz mundial.

“Acreditamos que a poderosa influência de Vossa Santidade contribuirá de forma significativa para a restituição da paz às situações conturbadas que se vivem em África, na Ásia, na Europa, no Médio Oriente, e noutros pontos do Globo”, disse.

Vale sublinhar que este desejo não é um exclusivo do Presidente angolano, mas de boa parte dos líderes políticos mundiais.

Nascido nos Estados Unidos da América, o Papa Leão XIV fala inglês, francês, espanhol e lê em alemão e latim. Portanto, esperasse que essa capacidade de abordar os temas em diferentes línguas possa ser útil para a resolução dos mais variados conflitos que tomaram o mundo.

Por exemplo, o papa João Paulo II usou sua influência e autoridade moral para a queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), bem como o fim da divisão da Europa.

O Papa não se coibia em criticar e apelar ao fim do comunismo, através do seu apoio a movimentos como o Solidariedade na Polónia.

Dados indicam que João Paulo II fez inúmeras viagens a países da Europa Oriental, onde, em seus discursos e mensagens, “incentivava a liberdade religiosa e os direitos humanos”, o que era visto como uma crítica implícita ao regime comunista. O líder católico de então chegou a estabelecer uma linha de comunicação com líderes ocidentais, como o presidente Reagan, que reforçaram a mensagem da URSS como um regime impiedoso e uma ameaça à paz mundial.

Portanto, como noticiara há anos a RTP, a influência do Papa, combinada com outros factores, como a crise económica na URSS e a crescente insatisfação da população com os regimes comunistas, contribuiu significativamente para a queda do Muro de Berlim e o colapso do bloco soviético.

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