O partido liderado pelo jurista Alexandre Sebastião André, PADDA-Aliança Patriótica, decidiu desvincular-se da coligação eleitoral CASA-CE, por entender que alguns integrantes daquela plataforma política não agregam valores para alcançar os objectivos preconizados na fase da sua constituição.
A decisão foi anunciada durante uma assembleia, que teve lugar no dia 3 de Maio, em Luanda, em que Alexandre Sebastião André, mais conhecido por ASA, disse que o seu partido poderá concorrer às eleições de 2027, de forma isolada.
O antigo líder do extinto Partido da Aliança Juventude, Operários e Camponeses de Angola-PAJOCA, que viria eleger um deputado nas eleições de 1992, disse que o seu partido pretende rejuvenescer as suas estruturas e, promete fazer transição na liderança do partido, no próximo conclave, ainda sem data.
“Queremos que o partido tenha um novo presidente, pode ser um jovem, ou mais velho, mas que não seja mais Alexandre Sebastião André”, disse o político. ASA, promete dedicar-se a escrever as suas memórias.
Entretanto, muitas questões se colocam em torno da capacidade do PADDA em galvanizar a vontade popular e dos eleitores, para conquistar uma proeza que ultrapasse o pico conseguido pela CASA-CE em 2012 e 2017, quando a coligação era liderada por Abel Chivukuvuku, que conseguiu eleger 8 e 16 deputados respectivamente.
O PADDA, lança este desafio numa altura que o mercado político está cada vez mais exigente e desafiador com o surgimento de antigos e novos actores, para além dos tradicionais MPLA, UNITA e FNLA, esquecer o PRS.
O Partido de Aliança para a Democracia e Desenvolvimento de Angola, tem como definição e fundamento ideológico, Centro Esquerda, baseando-se na promoção da livre iniciativa privada, quer nacional como estrangeira. O PADDA é um partido de massa, estabelece o elo entre a sociedade e o Estado, pelos conjuntos de ideias, convicções e princípios filosóficos e políticos, que caracteriza e respeita o pensamento de um indivíduo, grupo, movimento, época ou sociedade.
Alexandre Sebastião André, terá entendido a evolução da política angolana? A resposta pode ser sim, por essa razão sai na dianteira com afirmação de procurar um novo rosto entre mais velho ou um jovem para liderar o partido, mas, convém referir que na política os fenómenos influenciam mudanças de pensamento e de comportamento dos actores. Fazendo uma analogia, de um dos discursos do antigo Presidente da República e do camarada, José Eduardo dos Santos, dizia em Agosto de 2011, que “o candidato do MPLA nas próximas eleições de 2012, não se chamaria, José Eduardo dos Santos”, depois destas declarações, Zé Dú manteve-se em profundo silêncio, que só viria a ser quebrado durante a visita ao nosso país, do primeiro ministro português José Sócrates.
Na altura, o estadista considerou que ainda não tinha tomado decisão exacta sobre a questão da sua candidatura, o que viria trazer alguns “amargos de boca” ao então Secretário-Geral do MPLA, João Lourenço, porque durante o período que José Eduardo dos Santos se manteve em “black out” silêncio foi dando sinais de que ambicionava o cadeirão máximo da República, o que lhe custaria a exoneração…
Voltando ao assunto, quais seriam os motivos de Alexandre Sebastião André abandonar a presidência do partido? O político que nasceu no dia 11 de Outubro de 1961, em Cambambe, província do Cuanza Norte, fisicamente apresenta-se firme, e com capacidade de argumentação, não será que esteja a testar a sua popularidade ao nível interno?
A Rádio Correio da Kianda, sabe que, aquele partido tem estado nos últimos tempos a colher muitos militantes e coordenadores de projectos políticos, com o propósito de se juntar ao PADDA, como é o caso do MODA (Movimento Democrático Angolano) que tem a testa o jornalista, Caxala Neto, que aguarda o timing para reintroduzir os processos ao Tribunal Constitucional, depois do chumbo de 2023, junta-se ao partido que tem como lema “PADDA-AP pela nossa pátria, Unir, Crescer para vencer, para além do MODA, fontes próximas ao partido afirmam que há outros militantes ligados a projectos políticos que se juntam ao PADDA.
O PADDA-Aliança Patriotica, ao desmembrar da CASA-CE terá de trabalhar arduamente para pelo menos eleger dois deputados em 2027, não obstante o mosaico político apresentar novos entes com propósito de de firmarem e conquistar espaço, como é o caso do Partido Liberal de Luís Euclides de Castro, que vai realizar o seu primeiro Congresso Ordinário nos dias 17 e 18 deste mês, na província do Huambo, e do PRA-JA Servir Angola de Abel Chivukuvuku, que também realiza o seu primeiro conclave nos dias 19, 20, 21 e 22 de Maio do ano em curso.
Nós prometemos voltar dentro de 7 dias, com mais outros elementos em torno dos possíveis nomes a sucessão de Alexandre Sebastião André, entre os militantes e outras figuras que podem ser pescadas para dar mais dinamismo ao partido.
Até lá, fique connosco e nós consigo no Correio da Kianda, quando faltam 2 anos e alguns meses para as eleições de 2027.
O conteúdo O rejuvenescimento do Partido PADDA-Aliança Patriótica fora da CASA-CE aparece primeiro em Correio da Kianda – Notícias de Angola.
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