O antigo presidente do “Jango Cultural”, Luís Euclides de Castro, com sede na província do Huambo, que tem como objecto social despertar e desenvolver a consciência cívica dos cidadãos, através de debates, palestras entre outras actividades, é o novo rosto com uma nova força política no mosaico angolano, que poderá entrar na corrida no pleito de 2027, “caso” venha ser eleito no Congresso Ordinário e Constitutivo do Partido Liberal, que está agendado para finais de 2025.
Luís Castro, um jovem político de 38 anos de idade, até é o mais jovem entre os líderes das forças políticas existentes, antigo professor e inspector do Ministério da Educação, e ex-agente da Polícia Nacional.
Luís, deixou a presidência do “Jango Cultural”, em Junho do ano 2024, para dedicar-se exclusivamente ao (seu) projecto político, Partido Liberal de Angola, que viria ser anotado pelo Tribunal Constitucional no dia 29 de Janeiro de 2025, dias depois, o jovem político viria sofrer inúmeros ataques, alegadamente teria relações amorosas com uma jovem política ligada ao MPLA, partido que sustenta o Governo, e de ser um partido sombra dos “Camaradas” por ter sido agente da Polícia Nacional.
Entretanto, Luís Castro, viria esclarecer os assuntos levantados acima pelos seus detractores, que, deixou a corporação por alegados maltratos e a sua desvinculação da PN, foi do domínio público, e recomendou consultar o site Maka Angola, que publicou os motivos do divórcio com o MININT. Castro, esclareceu, por outro lado, que, não tinha “tem” nada com a jovem citada, uma vez que, Luís é casado com uma senhora “jovem” jurista ligada aos órgãos de administração de justiça, esclareceu, sem mágoas e ressentimentos dos detractores.
Principais desafios do Partido Liberal
Os principais desafios do PL consistem na realização do seu grande congresso constitutivo que será realizado em Novembro de 2025.
Ao mesmo tempo, que o partido pretende conquistar a simpatia da sociedade de forma a granjear o maior número possível de militantes, desde o interior do país até ao casco urbano, das periferias às cidades, segundo o coordenador do PL, numa entrevista que concedeu à Rádio Correio da Kianda.
Definição do Partido Liberal
O Partido Liberal, define-se como uma organização política que se funda nas ideias de Liberalismo económico, defesa da propriedade, e maior afirmação da juventude na participação política nacional.
O Partido Liberal surge como uma resposta aos problemas da nação angolana, marcada por longos anos de hegemonia política e de estagnação económica. Se propõe assim uma ruptura com o actual sistema, colocando a liberdade individual e o respeito à propriedade privada como bases para um futuro próspero.
O PL tem como compromisso, construir uma Angola onde o cidadão seja o protagonista da sua própria história, com um Estado que garanta as liberdades essenciais, promova o bem-estar, o empreendedorismo e elimine barreiras que travam o desenvolvimento. A isso, o PL, chama de manifesto e é um chamado à transformação e à construção de uma Angola verdadeiramente livre.
O PL, também se considera como autores de uma história de um mar cheio de eventos nebulosos. Uma tempestade que os arrasta para um lugar qualquer, mas certamente desfavorável à nossa condição humana. Como povo, jamais participamos da nossa própria história e, caso não se compreenda isso, jamais participaremos, refere o documento reitor do PL.
No campo ideológico, o Partido Liberal, diz mostra-se preocupado com a homogeneidade por parte dos partidos e movimentos políticos nacionais, todos defendendo ideias marcadamente socialistas que conduzem à destruição social.
Isso significa que, para a mudança do contexto actual de asfixia do poder produtivo e da dignidade humana – marcado por uma tributação que zera a riqueza dos indivíduos, proteccionismo, monopólios, cartéis, burocracia, corrupção, hiperinflação e nepotismo, – os outros partidos e movimentos políticos propõem as mesmas políticas que nos conduziram à situação actual. A crítica política é toda ela circunstancial e, nos casos raros em que é ideológica, ilustra apenas as diferentes formas e graus do mesmo socialismo defendido pelo partido no poder.
Essa realidade comprova não apenas a ausência da história nacional própria, como também a ausência da discussão de ideias, submetendo a sociedade angolana a debates supérfluos, que não resolvem os nossos problemas e conduzem ao declínio civilizacional.
O Partido Liberal, privilegia relações de respeito mútuo e cooperação pacífica baseada em contratos. Concebe a sociedade como resultado de relações individuais baseadas nas trocas pacíficas mútuas. Para isso, o indivíduo e as suas propriedades representam os organismos supremos objectos da protecção política. Todas as formas e tipos de modelos políticos devem visar à protecção do indivíduo e a sua propriedade legítima, para que ele, com as suas forças e conhecimento, se realize.
O Partido Liberal tem enormes desafios, surge numa altura que encontra no mercado os tubarões do nacionalismo angolano, nomeadamente, FNLA, MPLA e UNITA, de Nimi-a-Simbi, João Lourenço e Adalberto Costa Júnior, e com o ressurgimento de Abel Epalanga Chivukuvuku, com o seu PRA-JA Servir Angola, para além de outros projectos políticos em carteira.
Até este momento, a formação política coordenada por Luís Castro, já tem representação nas 14 províncias, das 21 que constituem o nosso país, fruto da Nova Divisão Político Administrativa, mas, está confiante que até Novembro deste ano, poderá cobrir toda Angola.
A ser eleito como líder do PL, Luís Euclides de Castro vai quebrar a tradição de antigos rostos no boletim de voto, mas, o maior desafio como penetrar as bases eleitorais dos partidos já com público consolidado.
A confiança do PL, reside na juventude, que tem pouca relação com os factos históricos do conflito armado, que pensam somente em oportunidades para a sua afirmação e realização socioprofissional.
O PL, apesar de ter as bases na cidade do Huambo, diz que o maior número de militantes, amigos e simpatizantes está em Luanda.
As primeiras acções políticas, o PL conseguiu amealhar uma boa moldura humana, no centro da cidade, concretamente na zona nobre, o Maculusso, em Luanda, pode revelar capacidade de penetração para conquistar simpatia da população, sobretudo em idade eleitoral.
Este é mais um exercício de escrutinar a vida interna dos partidos políticos, e dos seus líderes. Nós prometemos voltar dentro de sete dias, para a radiografia dos possíveis candidatos para além de Luís Euclides de Castro, actual coordenador do partido.
Lembrar que, faltam dois anos e alguns meses, para a realização de eleições gerais, previstas para 2027, até lá, fique connosco e nós consigo.
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