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Partido que forma governo de coligação, obriga governo sul-africano a recuar da intenção de aumentar o IVA

O Governo sul-africano anunciou nesta sexta-feira que decidiu não aumentar o IVA, como havia previsto no orçamento nacional aprovado no início de Abril, depois de ver a medida rejeitada pelo segundo partido do poder executivo.

“A decisão de renunciar ao aumento do IVA , foi tomada após extensas consultas com os partidos políticos e uma cuidadosa consideração das recomendações dos comités parlamentares”, anunciou o Ministério das Finanças sul-africano, em comunicado, adiantando que vão ser pedidos ao Parlamento ajustes nas “despesas de formas a garantir que a perda de receitas não prejudique a sustentabilidade fiscal da África do Sul”.

Com o recuo na medida de não aumentar o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), as finanças sul-africanas deixam de arrecadar 75 mil milhões de rands sul-africanos,  que estava previsto.

 O orçamento nacional foi aprovado em 02 de abril, pela Assembleia Nacional com 194 votos a favor e 182 contra, depois de,  a sua apresentação ter sido adiada em fevereiro,  devido a divergências políticas no seio do Governo de unidade,  que lidera o país desde que o histórico Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês),  perdeu a sua maioria absoluta pela primeira vez nas eleições de maio de 2024.

Trata-se da Aliança democrática (DA, na sigla em Inglês), um partido liberal de centro-direita,  e o segundo maior partido do governo de coligação, que votou contra o projecto de lei.

A proposta apresentada pelo Ministro das Finanças, Enoch Godongwana, previa aumentar de 15 para 17% a taxa do IVA no país, mas que foi negada pelo segundo

Uma das principais discordâncias prendeu-se com o aumento do IVA, que o ministro das Finanças, Enoch Godongwana, propôs inicialmente,  ser de dois pontos percentuais, contra os atuais 15%.

Em meados de março, Godongwana propôs um aumento menor do imposto, com duas subidas de meio ponto percentual em 2025 e 2026, bem como outras medidas como a manutenção dos escalões do imposto sobre o rendimento sem ajustamento à inflação.

O DA recorreu da medida para os tribunais, alegando que esta,  viria “numa altura em que milhões de sul-africanos já estão a sofrer uma crise de custo de vida”, segundo o seu líder e atual ministro da Agricultura, John Steenhuisen.

Esta situação, foi mais um episódio tenso que põe em evidência a fragilidade do histórico Governo de unidade de 11 partidos da África do Sul, embora apenas sete deles tenham cargos no Governo.

O conflito vem juntar-se ao desacordo sobre a lei de alteração do ensino básico, aprovada pelo executivo em setembro passado, que o DA considera que põe em risco o ensino do africâner, a língua falada pelos sul-africanos brancos,  descendentes dos colonos holandeses.

A controversa da  nova lei da expropriação, adotada a 23 de Janeiro após cinco anos de deliberações parlamentares e consultas públicas, que facilita ao Estado a expropriação de terras no interesse público, também provocou um confronto no seio do Governo.

O Ministério Público interpôs uma ação judicial contra a lei, que levou o Presidente dos EUA, Donald Trump, a ordenar a suspensão por tempo indeterminado,  da ajuda à África do Sul, em fevereiro passado, acusando Pretória de violar os direitos humanos dos ‘afrikaners’.

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