Ex-presidente será ouvido em 5 de junho em inquérito que apura suposta articulação internacional contra ministros do STF
A PF (Polícia Federal) marcou para o dia 5 de junho o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro, em inquérito que investiga a atuação de seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos.
A apuração foi aberta pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). O relator é o ministro Alexandre de Moraes.
A investigação apura suspeitas de que, ao atuar nos EUA, Eduardo estaria cometendo 3 crimes: coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o deputado vem desde 2024 “reiteradamente e publicamente afirmando que está se dedicando a conseguir do governo dos Estados Unidos a imposição de sanções contra integrantes do Supremo Tribunal Federal”. Leia a íntegra do pedido (PDF – 203 kB).
A ação da procuradoria se dá em resposta à representação criminal protocolada pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara.
A PGR pede que Moraes determine que a PF ouça Lindbergh, que protocolou a representação, para que “receba dele documentos relevantes para o caso”.
NOS EUA
Eduardo Bolsonaro oficializou seu pedido de licença da Câmara dos Deputados em março. Com o afastamento, ele não recebe o salário de R$ 46 mil. No site da Casa, seu status aparece como “não em exercício”.
Ele informou que se mudou para os EUA para “buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”.
Em declarações recentes, afirmou que só retornará ao Brasil quando Moraes for sancionado pelo país norte-americano.
Com a saída dele, pela 1ª vez em 34 anos, nenhum integrante da família Bolsonaro ocupa uma cadeira na Casa Baixa.
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