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Projeto reduz de 100 para 10 anos o sigilo de informações da União

Texto propõe que prazo de 10 anos seja prorrogado por uma única vez, se aprovado pela maioria absoluta da Câmara

O projeto de lei 714 de 2025 reduz de 100 para 10 anos, na administração pública, o sigilo de informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem. Conforme a proposta, o sigilo de 10 anos poderá ser prorrogado por uma única vez, se houver justificativa objetiva que demonstre a necessidade de proteção; e se a prorrogação for aprovada pela maioria absoluta da Câmara.

De acordo com o projeto, o sigilo não se aplicará às informações que tratem de:

  • gastos públicos realizados por autoridades ou seus familiares;
  • atos administrativos de funcionários, salvo quando a divulgação puder comprometer investigações ou a segurança do Estado;
  • dados sobre viagens oficiais, incluindo custos e hospedagem;
  • processos administrativos disciplinares de agentes públicos, salvo se a divulgação comprometer investigações ou a segurança nacional; e
  • outras informações de relevante interesse público, conforme avaliação da Controladoria Geral da União.

Atualmente, conforme a LAI (Lei de Acesso à Informação), as informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem.

Segundo a lei, essas informações poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.

Transparência

A autora do projeto, deputada Rosangela Moro (União Brasil-SP), disse que seu objetivo é adaptar a legislação nacional aos padrões internacionais de transparência. “Ao estabelecer regras claras para o tratamento de informações pessoais e limitar os prazos de sigilo, garantimos que a proteção da privacidade não seja utilizada como pretexto para ocultar informações de interesse público”, afirmou.

A congressista acredita que definir critérios objetivos para prorrogar o sigilo assegura previsibilidade nas ações do Estado.

A proposta também permite a revisão do sigilo por iniciativa do cidadão, da Câmara ou do Senado, da CGU (Controladoria Geral da União), do TCU (Tribunal de Contas da União) e do Ministério Público.

Próximos passos

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de  Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.


Com informações da Agência Câmara.



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