A organização Médicos Sem Fronteiras disse hoje que os refugiados do Sudão do Sul que fugiram para a Etiópia enfrentam um risco iminente de catástrofe sanitária.
De acordo com a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF), com sede em França, “o risco” refere-se em particular a uma epidemia de cólera e a casos de desnutrição graves.
Estima-se que entre 35 mil e 85 mil refugiados do Sudão do Sul fugiram para Mattar, uma cidade etíope situada a algumas dezenas de quilómetros da zona de fronteira.
A organização não-governamental avisa através de um comunicado, que as infra estruturas locais estão sobrecarregadas acrescentando que perante o ressurgimento de doenças transmitidas pela água, como a cólera e a diarreia, o risco de uma catástrofe sanitária é iminente.
Os Médicos Sem Fronteiras anunciaram que trataram cerca de 1.200 pessoas que sofrem de cólera e malária.
“Mais de 40% dos testes rápidos de diagnóstico da malária são positivos e cerca de 7% das crianças com menos de cinco anos de idade apresentam sinais de desnutrição aguda grave” refere o mesmo documento.
O Sudão do Sul, o Estado mais jovem do mundo, independente do Sudão em 2011, enfrentou numa guerra civil entre 2013 e 2018 sendo que o acordo de partilha de poder entre os beligerantes alcançou uma situação de estabilidade muito precária e que se degradou de forma grave.
Há vários meses registam-se violentos confrontos entre as forças que apoiam o Presidente Salva Kiir e o vice-Presidente Riek Machar, que foi detido em Março.
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