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Saúde e Cidades são ministérios mais afetados por corte

Decreto com detalhamento do impacto do congelamento de R$ 33,1 bilhões no Orçamento de 2025 foi publicado na noite desta 6ª feira

Os ministérios da Saúde e das Cidades foram os mais impactados pelo congelamento no Orçamento de 2025. Juntos, as duas pastas somam R$ 10,7 bilhões do total de R$ 31,3 bilhões bloqueados ou contingenciados. A distribuição da contenção por órgão foi publicada nesta 6ª feira (30.mai.2025) em um decreto no DOU (Diário Oficial da União). Leia a íntegra (PDF – 3 MB).

O anúncio do congelamento da verba na Saúde se dá no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou o programa “Agora Tem Especialistas”, com a promessa de que irá diminuir as filas para consultas especializadas. Os ministérios terão até 5 dias úteis para indicar as ações que terão as verbas reduzidas.

O congelamento atingiu a maioria dos 31 ministérios do governo Lula. Os mais afetados foram:

  • Ministério da Saúde: R$ 5,9 bilhões;

  • Ministério das Cidades: R$ 4,8 bilhões;

  • Ministério da Defesa: R$ 2,6 bilhões;

  • Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional: R$ 2,2 bilhões.

 

ENTENDA

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia anunciado, em 22 de maio, o congelamento de R$ 31,3 bilhões em despesas discricionárias. Desse total, R$ 10,6 bilhões serão bloqueados e R$ 20,7 bilhões ficarão contingenciados. 

Embora haja diferenças técnicas entre bloqueio e contingenciamento, ambos os mecanismos impedem temporariamente a execução de despesas não obrigatórias. Esses recursos costumam ser destinados a investimentos, manutenção da máquina pública, pesquisas científicas e outras áreas estratégicas.

Sancionada em abril de 2025, a LOA (Lei Orçamentária Anual) deste ano previa um montante de R$ 221,1 bilhões em despesas discricionárias. A cada bimestre, o governo atualiza as projeções de arrecadação e gastos públicos e divulga os novos parâmetros no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.

O congelamento dos gastos pode ser feito de duas maneiras:

  • Contingenciamento – quando as receitas previstas anteriormente ficam abaixo da previsão atual da equipe econômica;
  • Bloqueio – quando as despesas ficam acima do estimado anteriormente.

Por causa da greve dos funcionários públicos da Receita Federal, o Fisco não divulgou em 2025 nenhum relatório mensal com os dados da arrecadação. Parte das informações podem ser vistas no relatório do Tesouro Nacional, que diz que o governo Lula teve superavit primário de R$ 55,95 bilhões no 1º trimestre de 2025, o melhor resultado para o período desde 2022.

O governo federal tem objetivo de meta fiscal de deficit zero, assim como foi em 2024. A margem de tolerância para 2025 é de até R$ 30,9 bilhões de saldo negativo, o que corresponde a 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto).

Em 2024, as contas públicas tiveram um deficit primário de R$ 11,0 bilhões, dentro do intervalo permitido da meta fiscal. Não entraram no cálculo os gastos com a reconstrução do Rio Grande do Sul e as queimadas no país, o que elevariam o saldo negativo para R$ 44,0 bilhões. O limite do ano anterior era de um deficit de até R$ 28,8 bilhões.



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